Conseguindo algo que não era possível desde o ano de 2006, a seleção da Venezuela contrariou os prognósticos, superou por 1 a 0 Uruguai e deixou o time charrua a apenas um empate entre México e Jamaica de ser eliminado precocemente da Copa América Centenário.
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Apesar de uma superioridade visível da seleção uruguaia no princípio, a movimentação e mudança de lados nas jogadas pelos lados não era capaz de furar o grande bloqueio formado pela equipe de Rafael Dudamel a frente da sua grande área, algo que, automaticamente, limitou bastante a existência das reais chances de gol perante a meta de Dani Hernández.
Apenas em cobranças de faltas as coisas complicavam mais para a Vinotinto que, diante de uma seleção alta de jogadores como Edinson Cavani, Diego Godín, José María Giménez etc., tinha grandes dificuldades para encaixar a marcação na bola aérea.
No plano ofensivo, a própria postura de Venezuela dificultava bastante com que os contra-ataques chegassem principalmente ao centroavante Salomón Rondon que, se vendo mais cercado, constantemente teve que tentar buscar a bola de maneira mais recuada.
E, apesar de tudo parecer absolutamente desfavorável aos venezuelanos e interessante para o time charrua, quem conseguiu tirar o primeiro zero do placar foi aquele que mais sofria no embate. Aos 35 minutos, Alejandro Guerra viu o goleiro Fernando Muslera adiantado e tentou um lindo chute por cobertura e, com a recuperação no limite do arqueiro espalmando a bola para bater no travessão, o rebote sobrou no pé de Rondón que, com faro de gol, concluiu para as redes no Lincoln Financial Field.
A etapa complementar teve o mesmo caráter dos primeiros 45 minutos com o diferencial de que, além da manutenção da resistência da Venezuela, um visível nervosismo e afobação para os últimos passes das jogadas criativas da Celeste atrapalhavam bastante o andamento dos lances. Com isso, quem ficava mais sinuosa dentro da partida era a Vinotinto que, nos contra-ataques, causava grandes problemas a uma defesa uruguaia totalmente exposta.
Em pelo menos duas oportunidades o jovem atacante Adalberto Peñaranda teve clareza e espaço para finalizar frente a frente com Muslera. Enquanto na primeira acabou chutando para uma grande defesa do goleiro que atua no Galatasaray (Turquia), no segundo momento o passe que buscava para Rondón foi interceptado.
E foi com um clima absoluto de tensão de ambos os lados que o jogo caminhou até os 49 minutos, onde o apito final do árbitro Patricio Loustau decretou o segundo triunfo da Venezuela no torneio e o segundo revés dos uruguaios.