KTO Eliminatórias: quebrando longo tabu, Uruguai supera o Brasil

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Foto: Divulgação/AUF

Depois de 22 anos, o Uruguai encerrou o tabu existente contra o Brasil. Jogando em Montevidéu, pela quarta rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo, o selecionado charrúa ganhou por 2 a 0 e ascendeu para a vice-liderança, tendo os mesmos sete pontos da Seleção, porém, tendo um gol marcado a mais. Jogando, automaticamente, o Brasil para a terceira colocação.

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Primeiro tempo

Com duas equipes tendo ideias de jogo semelhantes por parte de seus treinadores, a expectativa de linhas altas de marcação e busca quase incessante pela recuperação da posse foi vista dos dois lados. Algo que, apesar de favorecer o cenário para uma partida de maiores chances de gol, acabou caracterizada nos primeiros minutos pela sequência de faltas do lado uruguaio na busca por cortar rapidamente as linhas de passe do Brasil.

Os dois lados demonstravam dificuldade em se sobrepor ao adversário mesmo com o fato da Seleção Brasileira ter uma posse de bola consideravelmente maior do que os anfitriões. Com muitos passes no setor defensivo, os comandados de Fernando Diniz não tinha a velocidade e precisão suficientes para envolver a defesa charrúa.

Por sua vez, a Celeste apostava em uma transição rápida após a recuperação de posse e tentava acionar nomes como Maximiliano Araújo, Facundo Pellistri e Darwin Núñez para apostar corrida com os defensores brasileiros. Porém, assim como ocorria com seu oponente, faltava precisão nos movimentos em cenário onde os goleiros Éderson e Sergio Rochet trabalhavam mais com os pés do que fazendo defesas mais complexas.

Dessa forma, o compromisso na capital uruguaia parecia se encaminhar ao intervalo com um empate sem gols até que, na primeira finalização de todo o confronto, os anfitriões saíram na frente. Em passe dado na esquerda para Maxi Araujo, o avante ganhou na corrida de Marquinhos e cruzou relativamente baixo onde Darwin chegou testando, no contrapé de Ederson, estufando as redes com 42 minutos.

Segundo tempo

Tendo a dianteira no marcador, o Uruguai não hesitou em posicionar suas linhas de marcação de maneira frontalmente oposta a ideia de apertar a saída de bola adversária, preferindo a compactação defensiva.

Enquanto isso, a Seleção Brasileira seguia esbarrando no problema visto ainda na etapa inicial onde tinha a posse, mas se movimentava com pouca agilidade e não conseguia confundir a marcação adversária. Deixando, em resumo, o confronto bastante confortável para os anfitriões no sentido de sustentarem o placar de vantagem.

Se por parte dos visitantes não havia eficiência, o mesmo não pode se dizer da equipe dirigida por Marcelo Bielsa. Aos 31 minutos, um passe para dentro da grande área teve Darwin Núñez ganhando na disputa de Gabriel Magalhães e Casemiro antes de fazer um cruzamento de pé direito. Invadindo a grande área, Nicolás de la Cruz apareceu com espaço para bater de primeira e novamente superar Ederson. 2 a 0 Uruguai.

Mais organizado e com o moral elevado, o panorama que já soava como favorável ficou ainda melhor para a equipe da casa que, diante da apatia brasileira, chegou a motivar gritos de ‘olé’ do torcedor uruguaio antes da confirmação do resultado positivo no apito final do árbitro venezuelano Alexis Herrera.

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