KTO Sul-Americana: LDU, diante do Fortaleza, fatura o bicampeonato nos pênaltis

A LDU é bicampeã da Sul-Americana. Diante do Fortaleza, o clube equatoriano empatou em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação para faturar a conquista continental nas penalidades em grande atuação do goleiro Alexander Domínguez. O duelo em questão aconteceu na cidade de Maldonado, no Uruguai. Mais precisamente, no Estádio Domingo Burgueño.

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Primeiro tempo

Apesar dos equatorianos terem uma posse de bola ligeiramente superior, quem conseguia transformar o momento de controle em tentativas mais concretas de lances perigosos (ao menos, na primeira metade da etapa inicial), foi o Leão do Pici.

Na chance mais aguda desse período, Marinho recebeu bola onde Lucero se esforçou para tocar em profundidade e o camisa 12 teve espaço para sair em disparada. Porém, na hora de bater, o atacante acabou hesitando ao driblar dois adversários e perder a pelota em dividida onde, no rebote, Guilherme chutou e a defesa da Liga de Quito conseguiu o bloqueio.

Gradualmente, o time equatoriano conseguiu fechar melhor os espaços na frente de sua área e, consequentemente, dificultar o trabalho ofensivo do Fortaleza. Algo que foi determinante para que a etapa inicial no Uruguai terminasse com muito mais disputas de bola ásperas do que reais oportunidades de gol. Seja contra a meta defendida por João Ricardo como do lado de Alexander Domínguez.

Segundo tempo

Na volta do intervalo, os dois lados conseguiram ser muito mais insinuantes do que em todo o primeiro tempo logo nas suas primeiras chances. Todavia, enquanto do lado da Liga de Quito Jhojan Julio parou em ótima defesa do goleiro do Laion na finalização cara a cara, o centroavante Juan Martín Lucero foi mais eficiente.

Aos dois minutos, Pochettino recebeu passe em velocidade pelo lado direito e, em cruzamento feito a meia altura, o número 9 do Fortaleza chegou completando, na primeira trave, para superar Domínguez.

Mesmo com o contexto da partida não se modificando claramente, bastou o encaixe de uma bola longa tentada pela LDU para que o placar ficasse igualado na cidade de Maldonado. Aos nove minutos, o atacante Lisandro Alzugaray ganhou na disputa de corpo com o lateral-esquerdo Bruno Pacheco e fintou dois marcadores para ganhar ângulo. Com a perna esquerda, ele encheu o pé e viu a pelota furar a rede em meio a sua comemoração.

Sendo o Fortaleza ainda a equipe responsável por maior atitude ofensiva no confronto, o duelo entrou em sua reta final voltando a rarear em oportunidades. Entretanto, ainda com trabalho para os goleiros das duas equipes. Sendo assim quando precisaram, João Ricardo e Alexander Domínguez trataram de garantir que a final da Sul-Americana 2023 fosse para a prorrogação.

Prorrogação e penalidades máximas

No prolongamento da decisão, o elemento físico parece ter pesado consideravelmente para os comandados de Juan Pablo Vojvoda. Isso porque, bem diferente do que ocorreu em boa parte do tempo regulamentar, a posse da Liga de Quito era menos acoçada pelo time brasileiro. Em especial, na troca de passes com participação do arqueiro Domínguez.

Desta forma, o clube da capital equatoriana teve a oportunidade de trabalhar com mais tranquilidade tanto suas jogadas ofensivas. Porém, faltava precisão justamente no último passe, tornando o ‘abafa’ proporcionado pela LDU com força mais psicológica do que, efetivamente, de chances reais da virada.

O ambiente no tempo complementar da prorrogação parecia começar favorável ao Leão do Pici onde um chute cruzado passou na frente da meta equatoriana sem ningué conseguir completar. No entanto, o zagueiro Titi sentiu fortes dores na região posterior da coxa esquerda e comprometeu a paridade de opções no 11 contra 11. Como o Fortaleza já tinha feito as pausas disponíveis para alterações, o camisa 4 precisou ficar perto da grande área adversária apenas ‘fazendo número’ até o apito do árbitro venezuelano Jesús Valenzuela decretar a disputa de pênaltis.

Na última oportunidade de definir o campeão da Sul-Americana 2023, brilhou a estrela de Alexander Domínguez. Defendendo as cobranças de Silvio Romero, Pedro Augusto e Brítez, ele foi o diferencial da Liga para uma conquista de nível continental que não ocorria desde 2010.