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John Textor e a tênue linha entre revolução e charlatão

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Foto: Olivier Chassingnole/AFP via Getty Images

Antes de qualquer análise mais profunda, vamos ao fato central da questão. Isso porque, nesta semana, o atual proprietário da SAF que comanda o Botafogo, John Textor, deu declarações extremamente sérias para o portal ge. Declarações essas, aliás, que nem foram afetadas por uma possível frustração dentro de campo, pois aconteceram logo após o resultado positivo do Glorioso, contra o Bragantino, por 2 a 1, na Libertadores.

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“(…) E os fãs vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas eu não vou divulgar isso na imprensa. É irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros”, disse o empresário, agregando:

“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas.”

Irresponsabilidade ou revelação bombástica?

Qualquer pessoa que diga tais coisas em caráter público (especialmente quando falamos do integrante de um clube com a grandeza do Botafogo) se coloca em duas frentes muito claras. São elas a de uma revolução histórica e necessária para a ‘limpeza’ da imagem do esporte ou o charlatanismo de uma prática covarde e criminosa de afirmações sem fundamento.

Também soa de maneira dúbia a afirmação de que ele ‘não vai divulgar isso na imprensa’. Como fazer uma importante prova de seu ponto que não seja a divulgação dessas evidências na grande mídia? Só teria qualquer justificativa negar tal ação se houver a comprovação de que essa atitude compromete investigações em andamento. O que, até o momento, não foi apontado.

Logo, vamos dar o ‘benefício da dúvida’ para John Textor no período que ele mesmo mencionou, 30 dias. Porém, com a ciência de que podemos estar diante de um dos momentos mais impactantes da história do futebol brasileiro. Porém, nesse caso, independente de qual for o desfecho, quem sai perdendo é o esporte.

2 comentários em “John Textor e a tênue linha entre revolução e charlatão”

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