Fifa quer endurecer medidas por combate ao racismo no futebol

Em reunião do Conselho Técnico da Fifa, a entidade vai apresentar um conjunto de medidas para combater o racismo com mais veemência. O evento acontece nessa semana em Bangkok, na Tailândia.

O pacote de ações tem, como objetivo primário, fazer que todas as associações filiadas tratem do tema em uma seção específica de seus regulamentos. Não apenas para punições na esfera esportiva como também criminal.

Nesse sentido, quem deu maiores detalhes sobre o teor da proposta foi Mattias Grafstorm. A saber, ele recebeu a nomeação, recentemente, de secretário-geral da entidade que rege o esporte no planeta:

“Nós tornaremos o racismo uma infração específica, com inclusão obrigatória nos Códigos Disciplinares individuais de todas as 211 Associações Membros da Fifa, diferenciando o racismo de outros incidentes e dando aos atos de racismo suas próprias sanções específicas e severas, incluindo a paralisação da partida.”

“Vamos pausar, abandonar e abandonar jogos em caso de racismo, introduzindo um gesto padrão global para que os jogadores comuniquem incidentes racistas e os julgados sinalizem a implementação do processo de três etapas”, acrescentou Mattias.

Na proposta, o gesto sinalizador da situação vai se identificar pelos punhos cruzados na lateral, com as mãos abertas e os dedos esticados. Por sua vez, o processo de três etapas o qual mencionou o novo secretário-geral da Fifa são as oportunidades para cessar a prática de racismo. Se, após um anúncio feito no sistema de som do estádio e a pausa do jogo, os ataques persistirem, o árbitro estará autorizado a suspender a disputa.

Prática constante

Enquanto ações são planejadas, os responsáveis pelo ato que é crime em solo brasileiro seguem desinibidos para serem ofensivos nos mais diferentes cenários. Nesta semana, logo após a partida pela Sul-Americana entre Boca Juniors e Fortaleza, um torcedor do clube argentino foi flagrado fazendo gestos em imitação a um macaco na direção da torcida brasileira.