Depois de muitos anos de carreira demonstrando seu talento embaixo das três traves e também com a bola nos pés, marcando 63 gols na carreira profissional, o ex-goleiro paraguaio José Luis Chilavert também quer dar sua contribuição ao futebol como mandatário máximo da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
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Em entrevista concedida pelo atleta aposentado ao jornal do Uruguai El País, Chilavert manteve sua postura firme dos tempos em que atuava e não poupou a Conmebol de severas críticas principalmente contra o futebol de seu país natal:
“A justiça paraguaia deve intervir pelos anos que a Conmebol não pagou montantes milionários de impostos no Paraguai (local da sede da entidade), isso é evasão fiscal e por isso todos os responsáveis tem que ir presos e tapar o rombo econômico que fizeram aos clubes.”
O arqueiro que jogou principalmente no Vélez Sarsfield e na seleção paraguaia ampliou o cenário de corrupção também para as equipes da América do Sul como um todo:
“Denunciamos a má administração, que administra fortunas e não distribui o dinheiro de maneira igualitária, prejudicando os clubes e, portanto, também aos jogadores.”
Além das acusações, Chilavert acrescentou que seria importante os ex-jogadores também terem espaço para apresentarem candidaturas ao posto de presidente da entidade, inclusive se colocando como postulante:
“Queremos ajudar a dar transparência ao futebol e por isso digo que agora os jogadores tem que ter direito a apresentar suas candidaturas na Conmebol. Eu, por exemplo, me sinto preparado e capacitado para fazer isso.”
O período de inscrição para candidaturas se encerrou na última segunda-feira (11) e houveram apenas duas candidaturas formalizadas para o pleito do próximo dia 26: Wilmar Valdéz (atual presidente interino da Conmebol e presidente licenciado da Associação Uruguaia de Futebol) e Alejandro Domínguez (atual presidente da Associação Paraguaia de Futebol).
