O dia 26 de fevereiro de 2016 entrou para os anais da história como o dia em que, finalmente, a hegemonia de Joseph Blatter foi oficialmente quebrada como presidente da maior entidade de futebol do planeta, a FIFA. Apesar do suíço já estar fora do cargo há algum tempo por acusações graves de corrupção, a organização ainda não possuía em caráter oficial um mandatário, sendo agora esse cargo responsabilidade do ítalo-suíço Gianni Infantino.
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Com 45 anos, Infantino chegou as eleições como um dos grande favoritos a levar o pleito por contar com o grande apoio não só da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e da Confederação do Norte, América Central e Caribe (CONCACAF) como também de boa parte da União Europeia das Associações de Futebol (UEFA), segundo maior colégio eleitoral presente.
Enquanto isso, seu concorrente mais próximo, o Sheik Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol (CAF), tinha votos mais voltados a dirigência da própria FIFA e um trunfo que poderia ser decisivo em sua vitória: Os 54 votos dos representantes africanos.
O primeiro turno demonstrou inclusive o equilíbrio que dava o tom nas eleições já que, com 88 votos pata Infantino e 83 para o Sheik (seguidos o cenário que se desenhava para o segundo turno prometia um clima de muita incerteza e a possibilidade clara de ambos os candidatos levarem a melhor.
Porém, no momento decisivo, o ex-braço direito de Michel Platini na organização europeia se deu melhor na captação dos votos antes direcionados a Jerôme Champagne e o príncipe da Jordânia Ali-Bin Al Hussein, terminando o pleito com 115 votos contra 88 do Sheik.
Além de tentar recuperar boa parte do prestígio e confiança perdida pela FIFA com os escândalos de corrupção que explodiram nos últimos anos, afetando não só a impressão de torcedores como também de patrocinadores a respeito da entidade, Gianni Infantino terá um desafio pessoal a ser superado.
A questão das acusações feitas a Platini (incluindo até mesmo recebimento de propina do próprio ex-presidente Joseph Blatter) afeta diretamente a imagem de Infantino já que, como citado anteriormente, o mesmo trabalhou por muito tempo ao lado do francês no comando da UEFA.
