Dez craques que ficaram fora da Copa do Mundo de 2002

As recentes convocações da Seleção Brasileira mostram o quanto o nosso futebol decaiu. O cenário atual seria inimaginável, cerca de 20 anos atrás, quando o número de craques surgidos aqui era tão grande que muitos deles acabavam perdendo a chance de disputar uma Copa do Mundo.

Em 2002, por exemplo, diversos craques ficaram fora da lista de Felipão. Mesmo assim, a Seleção foi representada por nomes como Roberto Carlos, Cafu, Gilberto Silva, Ronaldinho, Rivaldo, Ronaldo, Juninho Paulista, Kaká… Enfim, não faltavam jogadores de altíssimo nível.

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De todo modo, vamos relembrar dez craques que, embora fossem excepcionais, acabaram perdendo a chance de disputar o Mundial de 2002 em razão da fortíssima concorrência ou de alguma preferência individual de Felipão.

Serginho

Lateral-esquerdo bastante ofensivo, Serginho era praticamente incansável. Tinha uma técnica apuradíssima, que o fez se tornar ídolo do São Paulo e do Milan.

Apesar disso, nos anos 90 e início dos 2000, a concorrência na lateral esquerda era tremenda. Para se ter uma ideia, os convocados de Felipão na Copa de 2002 foram Roberto Carlos e Júnior.

Sávio

Em 2002, Sávio estava atuando no poderoso Real Madrid, clube pelo qual conquistou três Liga dos Campeões da Europa.

Jogador incisivo, Sávio surgiu no Flamengo e logo chamou a atenção por sua habilidade. Teve oportunidades na Seleção Brasileira, mas jamais disputou uma Copa do Mundo.

Juninho Pernambucano

Jogador que pegava na bola como poucos, Juninho Pernambucano estava em seu início de trajetória no Lyon, onde marcaria época.

Apesar de sua excelente passagem pelo Vasco antes da transferência para a França, ele não teve a chance de disputar a Copa de 2002. Na edição posterior, em 2006, o jogador seria lembrado por Carlos Alberto Parreira.

Jardel

Jardel era sinônimo de gols – principalmente de cabeça. Em 2002, defendia a cores do Sporting, de Portugal. Para ver que a fama de goleador não surgiu à toa, no clube português, eles fez incríveis 67 gols em 62 jogos durante sua passagem.

No entanto, a concorrência no ataque era enorme no início dos anos 2000, e Jardel acabou sendo preterido pelos técnicos da Seleção, incluindo Scolari, que já havia trabalhado com ele no Grêmio.

Amoroso

Atacante técnico e goleador. Este era Amoroso, que foi artilheiro de três competições nacionais importantes: o Brasileirão, a Bundesliga e a Série A italiana.

Apesar disso, assim como Jardel, ele sofreu com a enorme concorrência que havia na Seleção Brasileira naquela época.

Élber

Outro atacante goleador, Élber marcou época com a camisa do gigante Bayern de Munique. O atacante brasileiro, inclusive, é o terceiro maior artilheiro estrangeiro da Bundesliga.

Élber recebeu convocações durante a preparação para a Copa de 2002, mas uma lesão leve às vésperas da competição acabou fazendo com que ele perdesse espaço na equipe.

Romário

Nem é preciso perder tempo falando sobre Romário, um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos.

O Baixinho balançava a rede de todas as formas possíveis, mas uma série de pequenos atritos com Scolari acabou fazendo com que o craque ficasse fora da Copa de 2002.

Alex

Talvez a maior injustiça na convocação para a Copa de 2002 seja a ausência de Alex. O meia era um jogador de rara qualidade e que havia trabalhado durante muito tempo com Felipão no Palmeiras.

Apesar de todos darem sua convocação como certa, Scolari anunciou a lista final sem Alex. Quando Emerson teve de ser cortado por lesão, veio uma nova chance, mas o treinador acabou preferindo convocar Ricardinho.

Djalminha

Uma atitude intempestiva acabou custando a vaga de Djalminha na Copa do Mundo de 2002. O meia tinha vaga garantida, mas pouco antes da convocação, acabou acertando uma cabeçada no treinador espanhol Javier Irureta.

A atitude, claro, desagradou Felipão, que optou por não levar o craque para o Mundial. Com a vaga aberta, um jovem Kaká foi incluído na lista final do treinador.

Marcelinho Carioca

Para muitos, Marcelinho Carioca é o maior cobrador de faltas de todos os tempos. De perto, de longe, de rosca ou três dedos, o Pé de Anjo era mortal.

Além disso, tornou-se um dos grandes ídolos da história do Corinthians por ser um meia com visão de jogo e passes decisivos. Apesar disso, não teve espaço no elenco que disputou o Mundial de 2002.