O Corinthians está na semifinal da Libertadores Feminina. Enfrentando o América de Cali, neste domingo (15), no Estádio Pascual Guerrero, as Brabas do Timão venceram por 4 a 0 e aguardam a equipe vencedora entre Internacional e Colo-Colo para conhecer sua adversária. O duelo em questão ocorre também neste domingo, às 20h30 (de Brasília), no mesmo palco de Corinthians x América de Cali. Do outro lado, estão Palmeiras e Atlético Nacional.
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Primeiro tempo
É bem verdade que a primeira chegada no ataque ocorreu por parte das colombianas quando a rápida troca de passes encontrou Daniela Castellanos em boa infiltração dentro da área. As anfitriãs só não abriram a contagem por conta da boa saída do gol protagonizada por Lelê que, diminuindo o ângulo, defendeu o chute da camisa 20 do América.
Depois disso, o que se viu foi um notório crescimento das Brabas no compromisso onde, acumulando oportunidades de abrir a conta, conseguiu o feito por meio da bola parada. Aos nove, a cobrança de escanteio executada no lado esquerdo, por parte de Duda Sampaio, foi levemente desviada pela zagueira Tarciane e atrapalhou bastante a arqueira Nathalia Giraldo que não conseguiu defender.
As Diablas tentavam sair em escapadas pontuais para o ataque se valendo, principalmente, da proposta corintiana com suas linhas atuando de maneira mais avançada. Porém, o controle não apenas da posse de bola como do ritmo da partida em estocadas ofensivas estava sob a tutela da equipe brasileira que, na batida em diagonal com força de Tamires, teve sua melhor chance de tornar a dianteira ainda maior na etapa inicial.
Para deixar as coisas ainda mais complexas para o América de Cali, a principal figura de criação no meio-campo da representação colombiana, Catalina Usme, deixou o campo lesionada. Após cair duas vezes reclamando de dores na perna esquerda, ela foi substituída por Gabriela Rodríguez com 34 minutos.
Segundo tempo
O retorno das equipes apresentou um elemento capaz de trazer emoção adicional ao compromisso que valia vaga na semifinal da Libertadores Feminina: a forte chuva que se abateu no Pascual Guerrero nos primeiros minutos. O ponto positivo ficou por conta da resistência apresentada pelo gramado onde, ao invés da formação de poças, o mesmo apenas agregou velocidade nas tentativas de lançamentos de ambos os lados, podendo proporcionar um jogo mais rápido até mesmo do que tinha acontecido na etapa inicial.
Neste cenário e também pela necessidade de recuperação, o time da Colômbia parecia mais confortável e concentrado na ideia de usar os lados de campo e criar problemas para o sistema defensivo do Corinthians. Em uma dessas chegadas, Mariana Zamorando conseguiu driblar duas marcadoras no lado esquerdo antes de bater alto, passando perto do ângulo esquerdo da meta defendida por Lelê.
Com o passar do embate, o desgaste físico das equipes foi se tornando cada vez mais evidente, deixando o duelo cada vez menos previsível. Porém, mesmo nestas características, a equipe de maior condição técnica (bem como experiência de confrontos decisivos nos últimos anos) acabou sendo favorecida e resolveu o confronto com requintes de crueldade.
Aos 26 minutos, Millene ganhou na corrida da marcação e foi derrubada dentro da área por Fabiana Yantén, penalidade marcada. Na cobrança, a própria Millene bateu firme e viu Giraldo até tocar na bola, mas não evitar o tento. Logo depois da expulsão de Daniela Arias por falta dura em Gabi Zanotti, uma cobrança de escanteio teve Tarciane acertando o travessão após cabeçada e o rebote caindo limpo para Vic Albuquerque marcar o terceiro das Brabas.
Ainda houve tempo para, em nova puxada de contra-ataque, Jheniffer ver Fernanda completamente livre de marcação, já que Nathalia Giraldo tentou sem sucesso diminuir o ângulo, e só cruzou na medida onde a camisa 22 só cabeceou para a meta vazia.