Houve uma dose cavalar de emoção, mas a Colômbia conseguiu um suado triunfo de virada por 2 a 1 sobre a Venezuela pela quarta rodada do Grupo A no Pré-Olímpico. O duelo em questão aconteceu no estádio Hernán Ramírez Villegas em Pereira.
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Agora com seis pontos ganhos (igualados com o Chile na segunda posição, porém com saldo de gols superior em dois gols), a equipe capitaneada por Arturo Reyes joga por um empate diante da Roja na rodada derradeira para avançar ao quadrangular derradeiro. Para a Vinotinto, a derrota significou o fim de qualquer chance matemática de continuar na competição.
Primeiro tempo
A velocidade e intensidade por parte de colombianos e venezuelanos pareciam reguladas em nível até superior ao esperado mesmo com o apoio maciço dos Cafeteros já esperado. Entretanto, tamanha era a “fome” dos dois lados que nitidamente o aspecto da ansiedade para saírem na frente do compromisso por muitas vezes atrapalhava os sistemas de criação para a tomada de decisão pela melhor jogada.
Isso fazia com que o jogo aparentasse um nível de intensidade maior do que ele conseguia imprimir e, repleto de erros, proporcionava um ambiente onde os goleiros Esteban Ruiz e Cristopher Varela eram verdadeiros espectadores privilegiados do compromisso no Centenario. Tanto é que a primeiro oportunidade mais aguda de marcar surgiu para a Vinotinto contando em muito com a colaboração da zaga colombiana.
Depois do lançamento que veio diretamente de Varela para o ataque, o centroavante Jan Hurtado dividiu com a zaga e viu não só a bola espirrar na zaga como sobrar para Soteldo sair em velocidade ficando cara a cara com Ruiz. Contudo, ele deslocou demais e, além de mandar pela linha de fundo, recebeu um choque dentro da área encarado como normal pela arbitragem do peruano Kevin Ortega.
Já na parte final, quando os 45 minutos iniciais pareciam ficar zerados mesmo com os colombianos passando a apostar nos chutes de fora da área, bastaram os acréscimos chegar para os gols saírem antes do apito para o descanso. Jan Hurtado recebeu ótima bola na grande área lançada por Cristian Rivas, dominou e tocou na saída de Esteban Ruiz aos 46 para abrir a conta do lado venezuelano enquanto, um minuto depois, boa jogada de Nicolás Benedetti do lado direito rendeu cruzamento rasteiro onde Jorge Carrascal só teve o trabalho de empurrar pras redes.
Segundo tempo
A volta para o período decisivo teve a equipe anfitriã tendo muito mais coesão em sua movimentação ofensiva no que se refere a implementar um volume de jogo onde tomaria as rédeas do confronto com a dominância esperada. Assim, usando principalmente os lados do campo com maiores aparições de Benedetti e Cetré, o time venezuelano se via um tanto quanto preso na marcação adversária e nem de longe conseguia repetir o equilíbrio da etapa inicial.
As linhas de marcação da Venezuela recuaram bastante, quase que empurradas pelo volume de jogo mais pujante da Colômbia onde o retorno tentava compôr maior dificuldade a criação de jogadas dos Cafeteros.
E, de tanto ficar mais próximo a meta adversária, apesar de não efetuar uma “blitz” os colombianos chegaram ao precioso tento da virada do marcador aos 26 minutos com o capitão Eduard Atuesta. Após lance com qualidade de Edwin Herrera que cortou pra perna esquerda e cruzou, o camisa 20 surgiu atrás da defesa Vinotinto com absoluta liberdade para concluir se esticando todo batendo alto, fugindo de Christian Varela.
No trecho final, os colombianos não tiveram qualquer receio de aproximarem suas linhas de marcação na defesa e tentar atrair o oponente para aproveitar um possível contra-golpe visando “matar” o compromisso. Enquanto isso, a equipe de Amleto Bonaccorso investia na entrada de atacantes e indo por muitas vezes na base mais da vontade do que em lances mais treinados e respeitando uma lógica de movimentação coordenada.
Dentro desse contexto, o marcador em Pereira não mais trabalhou e a vitória dos anfitriões foi bastante comemorada por jogadores e o torcedor presente no Hernán Ramírez Villegas.
