O esperado anúncio de que Mano Menezes não é mais o técnico do Corinthians ocorreu na tarde desta segunda-feira (5). Isso porque diferentes veículos já apontavam, na parte da manhã, a situação como sacramentada bem como o favoritismo de Marcio Zanardi (hoje no São Bernardo) para assumir o posto.
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É necessário apontar que não existiu qualquer grau nítido de evolução do time sob o comando de Mano. Independente das considerações se era o melhor momento ou não para essa troca, fato é que o repertório criativo segue escasso e a falta de solidez defensiva ficou escancarada jogo após jogo.
Em números, a questão ofensiva até acaba sendo ‘maquiada’ com os 21 tentos em 19 confrontos, dando média ligeiramente superior a um por partida. Todavia, essa mesma questão acaba sendo escancarada no outro lado do campo quando se olha para a estatística de 27 gols sofridos no mesmo período. Além disso, são apenas seis triunfos com outros cinco empates e nove derrotas.
Contextualização
Com todos os dados na mesa, mesmo assim, é também preciso contextualizar o momento vivido pelo Corinthians na montagem de elenco para 2024. Ou, melhor dizendo, na absoluta ausência de montagem, já que um contingente de 13 jogadores foram negociados e apenas sete foram trazidos. Sendo que, dos sete em questão, só quatro deles estão devidamente regularizados no momento.
Desse modo, as alternativas que já não eram vastas em qualidade para Mano Menezes ficaram restritas a jovens vindos da base. Algo, inclusive, que havia gerado uma declaração aparentemente coerente do presidente Augusto Melo no último domingo (4):
“Mano tem contrato até 2025. Uma hora falam de uma multa, uma hora falam de outra, mas ninguém está preocupado com isso, estamos preocupados no trabalho. Mano é o treinador do Corinthians até 2025, estamos estruturando para que ele tenha condições melhores de trabalho.”
Menos de 24 horas depois, a situação parece ter mudado de figura. Deixando claro que, apesar das palavras do mandatário do clube, a crise do Corinthians ‘estourou’ em Mano Menezes.
