Após envolvimento no “Panama Papers”, presidente da FIFA emite comunicado

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Foto: Reprodução/Twitter

Além da já conhecida citação do argentino Lionel Messi na divulgação maciça de documentos sobre criação de empresas para lavagem de dinheiro que ficou conhecida como Panama Papers (nome referente a nacionalidade do escritório de advocacia Mossack Fonseca, autor dos trâmites ilegais e que tem sede no Panamá), outro nome do mundo do futebol foi envolvido nas revelações: Gianni Infantino, presidente da FIFA.

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O envolvimento de Infantino se daria pelo fato de que, utilizando a empresa de nome Cross Trading, na época em que o atual mandatário da entidade que rege o futebol ainda integrava a dirigência da UEFA, negociou direitos da Liga dos Campeões com os argentinos Hugo e Mariano Jinkins, dois envolvidos no escândalo mundial de corrupção no esporte conhecido como FIFAgate.

Pelo intermédio da empresa dos irmãos Jinkins, a Full Play, os cartolas que tinham comprado pelo valor de 98 milhões de euros os direitos de transmissão os revendeu a uma rede televisiva com sede no Equador que não teve seu nome revelado pela bagatela de 274 milhões de euros.

Em meio a repercussão que essa informação possuiu na tarde da última terça-feira (5), a FIFA emitiu um comunicado oficial assinado pelo seu mandatário onde o mesmo revela a sua versão da história, alegando que a figuração do seu nome se dá mais de maneira indireta do que de real envolvimento em crimes fiscais.

Confira o comunicado na íntegra:

“Eu estou consternado e não vou aceitar que minha integridade seja posta em dúvida por certas áreas da mídia, especialmente pelo fato da UEFA já ter revelado em detalhes todos os fatos referentes a esses contratos.

Desde o momento em que fiquei ciente dos recentes questionamentos da mídia sobre a questão, eu imediatamente contatei a UEFA para esclarecer isso. Eu fiz isso porque não estou mais na UEFA e são exclusivamente eles que possuem informações contratuais referentes a esse assunto. Enquanto isso, a UEFA está conduzindo uma revisão nos numerosos contratos comerciais e tem respondido extensivamente todas as questões da mídia relacionadas a esses contratos específicos.

Como eu previamente disse, eu nunca tratei pessoalmente com a Cross Trading ou seus proprietários já que o processo foi conduzido por uma equipe de marketing interna da UEFA.  

Eu gostaria de constatar para ficar registrado que nem a FIFA nem eu fomos contatados por nenhuma autoridade em relação a esses contratos em particular.

Mais ainda, como a mídia tem noticiado, não há indicativo nenhum de nenhuma transgressão nem da UEFA nem minha nesse tema.”

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