Schoolastic app ajuda jovens em formação nas categorias de base

Foto: Divulgação/Criciúma

A cada dia que passa, a tecnologia se desenvolve cada vez mais no mundo e no mundo do futebol não é diferente. A última novidade no mundo da bola é o aplicativo Schoolastic, que monitora as informações dos atletas que estão na categoria de base dos clubes e podem auxiliar os jogadores que não vão bem dentro de campo a encontrarem uma nova carreira longe dos gramados.

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O desenvolvedor do Schoolastic, Luiz Orlandini, conversou com o Futebol Latino e comentou um pouco sobre a novidade. Confira o bate-papo:

Futebol Latino: Como surgiu a ideia de desenvolver esse app?

Luiz Orlandini: Sou um empresário com 15 anos no mercado de tecnologia. Além disso sou pai de três filhos com idades bem distintas (19, 10 e 3 anos). Minha ideia ao criar o app, foi a de colocar a tecnologia à disposição de apoiar a pais no acompanhamento de seus filhos durante sua vida acadêmica, de forma mais simples, utilizando smartphones ao invés das antigas agendas de papel. Além disto, queria que a plataforma pudesse interpretar as avaliações que escola faz dos alunos e transmiti-las aos pais, de forma única, mostrando as principais características e habilidades de seus filhos, no intuito de melhorar seus relacionamentos. Muitas vezes pais se sentem perdidos na relação com seus filhos. Muitas vezes não sabem como apoiá-los em seus dilemas e não reconhecem nos filhos suas principais dificuldades. Nas famílias de hoje, em sua grande maioria, ambos os pais trabalham fora e convivem menos tempo por dia com seus filhos.

FL: Além do Club Ivoti, algum outro clube no país já se interessou
pelo aplicativo?

Luiz Orlandini: O Ivoti foi o primeiro clube que se interessou pela plataforma. Segundo a Lei Pelé, os clubes são responsáveis pelo acompanhamento dos seus atletas na escola e inclusive, caso o atleta repita de ano, o clube formador pode perder os direitos federativos do mesmo. Como uma das funções do nosso app é notificar sobre a presença dos alunos na escola em tempo real, além de compartilhar seus resultados na escola de forma periódica, o Sérgio Madalozzo, presidente do clube, nos trouxe uma nova aplicabilidade pra plataforma. Criamos uma interface para que além dos pais do Atletas, todos possam ser monitorados pela Assistente Social do clube, que muitas vezes é mais próxima dos atletas do que os próprios pais.

FL: Acha que os clubes no Brasil têm dificuldade em aceitar esse tipo
de tecnologia?

Luiz Orlandini: Clubes de futebol trabalham muito com tecnologia, portanto não acredito que existirá uma barreira para adoção de uma plataforma como a nossa, neste sentido. A única coisa importante que deve ser reforçado é o compromisso dos clubes com a pessoa por de trás do atleta. A carreira é curta, cheia de fatores de risco, altos e baixos e em sua grande maioria, os atletas sequer vão conseguir de fato se profissionalizarem. Ainda assim, precisarão ser cidadãos “profissionalizados” em algo… E sem estudo, as oportunidades serão tão difíceis quanto foi a de se tornar um jogador profissional. Responsabilidade social.

FL: Quanto custa o sistema para o clube?

Luiz Orlandini: O acesso ao sistema têm um valor por usuário. Não existe um preço específico para um clube de futebol. Veja no caso do Ivoti, por exemplo: Na escola que o Ivoti está financiando o programa, são 60 atletas que estudam lá. Só que a escola têm 700 jovens. Não dá pra pedir pra escola preencher o sistema só para aqueles 60 alunos específicos.

Então, os 700 jovens daquela comunidade estão sendo beneficiados pelo sistema. Cobramos um valor de R$ 3,25 por aluno por mês.

FL: Vocês cogitam trabalhar com outros esportes, como, por exemplo,
basquete, vôlei e natação?

Luiz Orlandini: Este modelo de monitoração que o Madalozzo nos deu a oportunidade de implantar lá em Ivoti, ele poder ser replicado para todos os demais esportes, afinal, estamos falando dos mesmos objetivos: Grande exemplo de como as parcerias publico x privadas, pode ajudar a criar uma nova geração de cidadão, tendo o esporte como alavancador, sem se esquecer que o ser humano que deve compor um grande atleta.

FL: Já surgiu algum resultado significativo nessa parceria com o Club
Ivoti?

Luiz Orlandini: O projeto está numa fase muito inicial ainda. Estamos lidando com a camada “commoditizada” do projeto que seriam notificações sobre o comportamento, presença e aproveitamento escolar.

FL: Pensa em expandir a marca para a Europa?

Luiz Orlandini: Nós criamos algo para o mundo. Temos o desejo de expandir sim e encontrar outros parceiros como o Sergio Madalozzo, que sejam empreendedores, nos ajudem e nos instiguem a fazer cada vez mais coisas novas.

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