Diferente do momento mais tenso e ascendente em relação a contenção da pandemia do coronavírus que vive o Brasil e outros países do continente, a China está em ritmo de queda nos casos detectados do vírus apesar de ainda seguir muitas regras bastante rígidas de quarentena. Por isso, as atividades aos poucos estão retornando a normalidade onde o campeonato chinês feminino é um deles.
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Nesse caso, a zagueira brasileira Rafaelle, que atua no Changchun Dazhong, afirmou que as suas companheiras de equipe já estão fazendo treinamentos e que ela não está as acompanhando por ter disputado o Torneio da França com a Seleção e estar passando pela necessária quarentena ao retornar da Europa.
Em entrevista a jornalista Cíntia Barlem, que escreve no blog Dona do Campinho hospedado no portal Globo Esporte, ela pontuou como foram os procedimentos na sua vinda do Velho Continente:
“Como estive na Europa já me colocaram em quarentena na saída do aeroporto. Aqui, as informações que eu tenho é que está tranquilo e meu time já está treinando. Daqui sete dias vou estar treinando com elas. No mesmo hotel comigo está a Sole James (atacante argentina que também atua na China) e a fisioterapeuta do clube (brasileira). Nós 3 estamos no hotel de quarentena. Estamos em um hotel cada uma num quarto. Esse hotel é um convênio do governo, é uma medida do governo (para conter o coronavírus). Você paga um valor menor e o governo paga metade. Todos os estrangeiros vindos da Europa precisam fazer isso. Não tem mais casos locais na China – há cinco dias não são mais registrados casos locais do vírus – só os que vêm de fora. Eles fazem essa quarentena para conter isso. Eles medem minha temperatura de manha e de noite e fizeram o teste para coronavírus logo que cheguei.”
Rafaelle aproveitou, inclusive, para elogiar os cuidados que ela notou do governo chinês tanto referente a prevenção do Covid-19 bem como o suporte a pessoas que vem de fora do país:
“Nesse teste do coronavírus. tiram uma amostra da garganta da saliva. Examinam se tem vírus. Nada invasivo. Bem rápido . Em quatro dias sai o resultado. Tem gente que faz no aeroporto. Quando a gente pousou entrou uma equipe imunizada. Viram a temperatura de todos a bordo. No voo, tinha uma criança com febre e todos que estavam em volta fizeram o teste já no aeroporto. Como eu estava sem sintomas, eu fui liberada e fiz o teste no hotel. Impressionante aqui o quanto que eles se preocupam. Pessoal que entra com comida entra com roupa especial. Eles não fecharam fronteira pra nenhum pais, mas quem chega tem ficar nesses hotéis.”
Em meio ao caráter de indecisão sobre a data de realização das Olimpíadas, algo que parece cada vez mais pendendo para o seu adiamento, a jogadora de 28 anos de idade entende que não existe condições hoje de pensar na manutenção de data. Alertando que, em caso de mudança, a decisão precisa vir oficialmente o mais rápido possível por questões de preparação:
“Pela situação que está no mundo está arriscado ser agora. Como se tem Olimpíada de 4 em 4 anos não vale a pena arriscar. A melhor medida seria eles decidirem com antecedência. O quanto antes eles decidirem melhor para preparar. Demorar vai prejudicar.”