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Zagallo e Beckenbauer: a dor de perdas e a certeza de legados

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Foto: Divulgação/Santos

Os últimos dias foram de perdas incalculáveis para o mundo do futebol. Primeiro, nos deixa, no plano físico, Mário Jorge Lobo Zagallo. Agora, nesta segunda-feira (8), se confirma o falecimento de Franz Anton Albert Beckenbauer.

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O lobo na pele de um campeão nato

O Velho Lobo era, inegavelmente, o Brasil na pura forma. Persistente desde os tempos de campeão do tênis de mesa no América. Largou a bola na raquete para dominá-la (e bem) com os pés. Ganhou o mundo. Não apenas uma, mas duas vezes. Já seria o suficiente para entrar na história. Porém, não era pra quem tinha a Seleção como ligação eterna.

Ele repetiu o enorme feito como treinador. Não obstante, fez o mesmo como coordenador técnico. E isso sem falar na extensa carreira de clubes onde também incrustou sua marca registrada. A de falar, de gesticular, de se empenhar na energia. Sem deixar, obviamente, a qualidade e inteligência como coadjuvantes. Isso porque, em sua vida, Zagallo jamais ocupou espaço secundário, muito pelo contrário.

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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O homem na função de imperador

E o que dizer de alguém que, como apelido, era chamado de Kaiser (imperador, em alemão)? Uma elegância digna de admiração nos quatro cantos do planeta. Outro campeão de Copa do Mundo com a bola nos pés e os olhares atentos a beira do gramado. Porém, em uma linha totalmente distinta de se portar e de agir. Não melhor nem pior, apenas diferente. Frase pronta? Sim, da mesma forma que o público se aprontava para apreciar a distinção de um zagueiro que parecia reger uma orquestra ao invés de defender uma meta.

Que sorte a nossa, aliás, de dizer que Beckenbauer jogou no continente americano. Na primeira investida dos Estados Unidos para popularizar o esporte, o New York Cosmos ousou. Dentre inúmeros craques (como o Rei Pelé, por exemplo), o Kaiser lá esteve. Uma tão honrosa como deliciosa lembrança digna de um precursor. Com Pelé, aliás, nutriu reconhecida e notória amizade.

No plano físico, a saudade dessas figuras estará presente em ritmo constante. Tão constante quanto a idolatria e necessidade de preservar seus importantes legados.

Vá em paz, Velho Lobo. Geh in Frieden, Kaiser.

1 comentário em “Zagallo e Beckenbauer: a dor de perdas e a certeza de legados”

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