Depois da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) receber e distribuir as 50 mil doses da vacina contra a Covid-19 para as entidades filiadas, dois países da América do Sul já começaram a fazer as aplicações em alguns clubes locais: Paraguai e Uruguai.
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O início da vacinação nos dois países não se trata de um acaso. Isso porque, como diretamente a Conmebol não poderia receber o lote da vacina pelo acordo de não direcionar doses do imunizante a entidades privadas, o governo uruguaio (na figura do presidente Lacalle Pou) tratou de atuar com receptador em operação onde as doses vieram da China para Montevidéu.
Assim, até o momento, clubes do futebol feminino, futsal e equipes com participações na primeira divisão charrua (Boston River, Cerrito, Liverpool, Fénix, River Plate, Progreso, Sud América, Wanderers, Villa Española, Rentistas e Deportivo Maldonado) receberam a dose da vacina produzida pelo laboratório Sinovac Biontech.
No caso do Paraguai, país onde fica a sede da Confederação Sul-Americana de Futebol, as 3058 doses já foram parcialmente aplicadas em integrantes de Sportivo Luqueño, Cerro Porteño e Guaraní sendo que o restante está previamente reservada para clubes do futebol feminino.
Enquanto o Brasil está impossibilitado de fazer a aplicação mesmo que receba o imunizante devido a legislação nacional, clubes da Argentina que estavam no Paraguai e poderiam ser imunizados (casos de Lanús e River Plate) tiveram receio de efeitos colaterais que afetassem o desempenho dos atletas com a proximidade da reta final da Copa da Liga Profissional. Por esse motivo, houve a recusa em serem vacinados.