No melhor estilo de precisão e competitividade uruguaia, os jovens da equipe celeste não fizeram um jogo brilhante, porém passaram pela Arábia Saudita por 1 a 0 e seguem com o sonho de vencer pela primeira vez na história o Mundial Sub-20.
Leia mais: Nos pênaltis, Patriotas tem esforço recompensado com vaga na próxima fase
LDU vence Defensor em Montevidéu e avança na Copa Sul-Americana
A primeira parte do duelo apitado pelo zambiano Janny Sikazwe, mais precisamente até os 25 minutos, teve uma dominância territorial e de troca de passes por parte dos uruguaios que não chegou necessariamente a se transformar em chances claras de gol.
Em seu melhor momento, um cruzamento vindo do lado esquerdo do ataque charrua encontrou o atacante Agustin Canobbio que, sem acertar em cheio a finalização, viu a bola passar rente a trave direita do arqueiro Amin Albukhari.
Nos minutos finais, os árabes começaram a entender melhor a movimentação dos sul-americanos e criaram problemas para a defesa adversária. Além de fazer o goleiro Santiago Mele trabalhar em pelo menos duas oportunidades, um chute rasteiro protagonizado por Ayman Alkhulaif passou muito perto da trave esquerda do gol uruguaio.
Logo aos cinco minutos da etapa complementar, um lance dentro da área da Arábia Saudita tratou de trazer mais tranquilidade a Celeste. Com um toque de mão de Abdulrahman Aldosari, a arbitragem confirmou o pênalti que, na cobrança, o meia do Liverpool Nicolás de la Cruz encheu o pé e estufou a rede de Albukhari.
Apesar de ter a vantagem no placar, o gol não trouxe mais tranquilidade aos uruguaios de maneira imediata já que, entrando no ritmo de um jogo totalmente físico, seguia não conseguindo se impor efetivamente na partida seja para manter mais a posse ou mesmo esperando possíveis contra-ataques.
Aos poucos melhorando no aspecto de controle da partida, os comandados de Fabián Coito foram neutralizando de maneira mais natural as melhores alternativas da Arábia e transformando a partida em uma vantagem mais sólida do que aparentava até então.
O momento de maior tensão se deu quando, aos 32 minutos, um choque no ar entre Rodrigo Bentancur e Abdulelah Alamri criou um princípio de confusão que, caso resultasse em cartão amarelo para as duas partes, seria o segundo para o uruguaio que consequentemente seria expulso. No entanto, depois de uma longa conversa no rádio comunicador, Janny Sikazwe amarelou apenas o camisa 5 árabe.
Com isso, foi apenas uma questão de torcer para o relógio caminhar mais rápido e sentir o alívio do apito final que confirmou a vaga charrua para duelar no próximo domingo (4) contra a seleção de Portugal que, na manhã de ontem, passou pela Coreia do Sul por 3 a 1.