Turbilhão de fatos no Chile podem gerar intervenção da FIFA

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Foto: Divulgação/ANFP

Não foi apenas a onda de protestos em 2019 ou a pandemia do novo coronavírus no início de 2020 que tem afetado de maneira considerável a atual gestão do futebol chileno. Mais precisamente, a imagem de Sebastián Moreno como presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP).

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O mandatário que ocupa tanto o cargo máximo na entidade que rege as competições locais como também a Federação de Futebol do Chile (FFC) vive um verdadeiro “tumulto” em sua administração que forçou a sua confirmação de que renunciará ao cargo a partir do dia 31 de julho. A decisão está apenas pendente de oficialização via Conselho Extraordinário, formalidade agendada para o próximo dia 25 de maio.

Mediante ao clima de insatisfação, a Conmebol e até mesmo a FIFA observam atentamente visando a necessidade de intervenção.

Em entrevista dada a Rádio Cooperativa, o secretário adjunto da Conmebol, Gonzalo Belloso, chegou inclusive a comentar em certo tom de preocupação sobre o tema mesmo que, no fim de sua análise, tenha tentado “amenizar” sua afirmação.

“Estamos muito atentos ao Chile. Nos comunicamos com o presidente Sebastián Moreno, que nos respondeu com uma carta e também falamos com alguns clubes. É uma lástima que não se cumpra o processo normal e os prazos de sua gestão. O primordial é gerar uma governabilidade durante essa transição para cumprir com as obrigações do regresso do futebol e a vinculação com os organismos internacionais. Oxalá os clubes possam acompanhar de maneira responsável esse processo”, analisou o secretário.

“Se não cumprir com a adaptação dos seus estatutos, a Federação Chilena pode ter uma intervenção como aconteceu com o Uruguai onde se deram prazos duas vezes, não se cumpriram e a FIFA teve de atuar. É só um exemplo, não um ameaça, porque estamos seguros de que isso não acontecerá no Chile”, adicionou Gonzalo.

Tamanha tem sido a crise administrativa vivida pelo futebol chileno que, desde o início de 2019, na reeleição de Moreno, em cinco oportunidades diferentes dirigentes já deixaram seus postos em contrariedade a gestão: os diretores Jacques Albagli e Martín Iribarne, Aldo Corradossi (secretário geral) além dos vice-presidentes Andrés Fazio e Raúl Jélvez.

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