Torcedor do Peñarol é baleado e polícia suspeita de vingança

Reprodução: El Pais

*Por Mônica Alvernaz

Um dos torcedores mais conhecidos do Peñarol foi baleado na última segunda (31) em Villa Española. Ao chegar em casa, “El Nandito”, como é conhecido, foi alvo de um atentado e teve diversos tiros disparados em sua direção

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Segundo o portal El Pais, homens encapuzados pararam em frente à casa de El Nandito e efetuaram os disparos. Foram mais de 30 tiros, com pistolas 9mm, na direção de El Nandito e um amigo, que o acompanhava.

Apesar da grande quantidade de disparos, Nandito teve sorte e foi baleado de raspão na nuca e outro na perna. O carro em que estava ficou com 17 marcas de tiros, conforme informado pela polícia posteriormente.

Ao portal El Pais, o amigo que acompanhava Nandito na ocasião falou. “Estávamos chegando a casa do Nandito. Eles saíram do nada e começaram os disparos na nossa direção. Gastaram toda carga das pistolas. Nascemos de novo”.

Para a polícia uruguaia, não há dúvidas que o caso foi uma tentativa de homicídio. “É óbvio que quiseram matar Nandito. Não foi um apenas um susto. Sem dúvidas, os atiradores eram inexperientes ou muito jovens”.

Há anos Nandito colabora com a segurança no Peñarol. Em troca, recebe ingressos para jogos, que são partidos com um grupo de seguidores.

De acordo com o El Pais, uma das hipóteses da polícia é relação com um incidente envolvendo outro torcedor. No último dia 23, em uma partida do Peñarol no Estádio Centenário, o torcedor conhecido como Boli foi baleado.

Outra hipótese da polícia é a ligação com o tráfico de drogas. Em 2004, um traficante e sua esposa foram mortas, deixando dois filhos. Um deles, é cuidado hoje pela sogra de um outro torcedor do Peñarol, de facção rival a que Nandito pertence.

Apesar da violência envolvida nos casos, a polícia uruguaia não acredita que a disputa entre facções continuará. Apesar disso, o dirigente do Peñarol, Julio Luis Sanguinetti, atribuiu também a polícia responsabilidade pela violência no futebol.

“Isso acontece pela falta de coerência nas políticas aplicadas aos espetáculos esportivos. Se a tribuna é zona liberada, nada bom pode ocorrer. O futebol é somente mais um cenário de declive generalizado”.

 

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