*Por Arthur Fernandes
Olá imprensa, torcedores e simpatizantes do Orlando City.
Meu nome é Arthur Fernandes, nasci e fui criado no Rio de Janeiro, cidade na qual moro até hoje. Embora viva na “Cidade Maravilhosa”, desde meus 13 anos de idade tenho uma forte ligação com a cidade de Orlando. Digamos que desde o começo foi amor à primeira vista.
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Desde pequeno fui incentivado a torcer pelo Fluminense, pois toda a minha família torce para o Tricolor Carioca. Porém, em 2013, me apaixonei pelo Orlando City. Me lembro como se fosse hoje, era uma partida amistosa entre o Orlando City e o Fluminense no Citrus Bowl, que hoje é chamado de Camping World Stadium. Naquele momento, eu me apaixonei pelo time, pela organização do clube, pela torcida e muito mais, vale lembrar que o time ainda disputava a United Soccer League e o Kaká não tinha sido contratado. À partir daquele momento, adotei o Orlando City como a minha segunda equipe de coração, mas foi impossível resistir a esse amor. No final de 2013, bem próximo do início de 2014, larguei tudo para torcer exclusivamente para o Orlando City, embora tenha sido muito criticado pelos torcedores do Fluminense e após a chegada do Kaká fui tachado de modinha.
Acompanhei toda a temporada do Orlando City em 2014 na USL pela internet, vendo lives no Youtube e em outros sites. Diferente do ano anterior, que o Orlando foi bicampeão da USL, naquele ano o time passou em branco. Porém, em êxtase com a chegada do time na Major League Soccer. No início de 2015, tive a oportunidade de ir à Flórida para conhecer algumas cidades e realizar o meu sonho de conhecer a cidade de Orlando, estar mais perto do meu clube de coração. Foi incrível poder estar naquela atmosfera, é uma sensação difícil de descrever até hoje. Ao voltar para o Brasil, me questionei se não havia nenhum torcedor aqui no Brasil. Procurei durante dias e achei 15 torcedores. Me uni à eles, fui convidado para administrar uma página sobre o Orlando City feita foi esses torcedores e dali surgiu a Torcida Orlando City Brasil, por qual fui Diretor e em 2015 foi oficializada como International Fan Club do Orlando. Além disso, tive o imenso prazer de assistir e organizar a torcida na partida entre Orlando City e Flamengo aqui no Maracanã. Outro momento inesquecível, pois foram aproximadamente 200 torcedores dos Lions ao estádio, tivemos a oportunidade de cumprimentar os jogadores e eu ganhei uma camisa de treino do meio-campista Harrison Heath, que agora defende o Atlanta United, e muito mais. Guardo o ingresso desse jogo na minha carteira até hoje.
Nunca escondi esse meu amor pelo Orlando City, embora não gostasse muito do Kaká no elenco. Claro que ele foi o nosso maior ídolo em toda a nossa história, mas, na minha opinião, ele foi muita mídia e pouco futebol. O meu maior ídolo no clube é o Cyle Larin, mas sempre fui fã do Harrison Heath, por isso, foi emocionante ganhar a camisa dele enquanto ele defendia o Orlando. Porém, não posso negar a importância do Kaká para o clube. Graças a ele conseguimos ter mais adeptos no Brasil, mesmo que modinhas, conseguimos ter jogos transmitidos nas emissoras brasileiras, conseguimos atrair grandes investidores e patrocinadores. Nenhuma conquista dentro de campo, um fato lamentável, mas ele fez história no Orlando City. É inegável.
O Orlando City cresceu muito desde 2014. Me lembro como se fosse hoje a gente jogando a USL no ESPN Wide World of Sports Complex, posteriormente a MLS no Citrus Bowl e hoje no nosso próprio estádio, o Orlando City Stadium. Sem contar outras conquistas, como por exemplo, a fundação do Orlando City B e Orlando Pride. Ter esse momento nostalgia me deixa emocionado. Já perdi as contas de quantas vezes chorei de tristeza ou de alegria, já perdi as contas de quantas vezes me irritei vendo os jogos e mesmo assim continuei pulando, gritando e incentivando, muitas das vezes irritando vizinhos e a minha própria família. Hoje, vejo que o Orlando City passará por mais uma renovação após a saída do Kaká, mas ficou feliz com isso tudo porque quero o bem do meu time de coração. Quero poder incentivá-lo por muitos anos ainda, afinal, sou um Lion até morrer. Go Lions!