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Titulares da vez: tokenização entra nos negócios dos clubes sul-americanos

Foto: Divulgação/iStock

*Por Agência Conversion

O mercado de criptomoedas está em ascensão há alguns anos, com inovações e rentabilidade que encantam os investidores mais antigos e ousados na área. Mesmo assim, ainda estava distante da realidade da maior parte do público, e, agora, com a participação de setores mais comuns do dia a dia, como o futebol, começa a chegar para a massa populacional em maior escala. Clubes brasileiros, incluindo a Seleção, e sul-americanos, como a seleção da Argentina, iniciam a disponibilização de tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês).

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Esses tokens, gerados a partir de uma blockchain, servem para dar uma identidade única a algo como um selo raro, seja no esporte, na arte ou em outras áreas. A diferença entre as criptomoedas que são fungíveis é que não são intercambiáveis, ou seja, não podem ser trocadas por outras da mesma espécie. Para se ter uma ideia do potencial econômico desse ativo, eles já renderam mais de US$ 150 milhões (equivalente na atual cotação a R$ 768,1 milhões) apenas em 2021.

No Brasil, o primeiro clube a aderir ao formato foi o Atlético-MG. O Corinthians, com uma dívida na casa dos R$ 948 milhões, foi o último clube brasileiro a apresentar a novidade à torcida e tentar buscar novas fontes de renda ao longo do período de isolamento.

Com uma parceria com a Chiliz – que está por trás da plataforma Sócios.com  –, o alvinegro lançou seu token de torcedor, o $SCCP. No comunicado oficial, o clube garantiu que os torcedores que adquirem o token poderão “interagir com o Corinthians de formas inéditas, participando dia a dia da vida do clube em momentos especiais”.

Entre essas formas de interação, os paulistas listaram “ter voz em pesquisas para decidir quem deve ser homenageado, participar de fóruns, quizzes, competições e promoções de acesso restrito, visualizar de conteúdos exclusivos, ganhar brindes e receber recompensas pela interação no app da Socios.com”.

A empresa também é responsável pelo mesmo serviço para a Associação de Futebol Argentina (AFA). Com o anúncio, o Chiliz (CHZ) – token que abastece a plataforma Socios.com – disparou 50% nas primeiras 24 horas, passando de US$ 0,23 para US$ 0,35.

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Em parceria com uma empresa blockchain turca, a Bitci Technology, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também apostou no formato. O serviço incluirá as seleções brasileiras de futebol masculino e feminino, além das seleções nas categorias Sub-20, Sub-17 e Sub-15.

Situação financeira

A entrada de clubes e seleções da América do Sul no mercado de criptomoedas chega em um momento em que os clubes possuem consideráveis pendências e perdas financeiras causadas pela pandemia, em muito, pelo impedimento da presença de público nos jogos ou eventos realizados no estádio.

Um levantamento realizado pelo jornalista Rodrigo Capelo aponta que os principais clubes do país, que também são os que mais lucram no sistema atual, acumulam dívidas que chegam perto dos R$ 11 bilhões. Assim, ao aumentar as entradas de receitas, os clubes podem esperar com maior tranquilidade a volta dos torcedores ao estádio.

Outra saída que tem sido praticada são os pedidos de empréstimos online ou presenciais para quitar as dívidas de curto prazo. Com isso, os clubes apostam em um maior caixa no momento de pagar esse crédito.

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