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Técnicos brasileiros, André Jardine e Gustavo Leal duelam na Liga MX

André Jardine
Foto: Divulgação

O Campeonato Mexicano se aproxima do seu mata-mata e, passadas 14 rodadas da primeira fase, já é possível afirmar que o torneio tem dois protagonistas fora das quatro linhas. Os brasileiros André Jardine, técnico do líder América, e Gustavo Leal, que comanda o 5º colocado Atlético de San Luis, figuram em todas as votações da imprensa mexicana sobre o melhor treinador da temporada e se preparam para o aguardado duelo entre suas equipes, que acontece na madrugada desta quinta-feira (2).

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O jogo marcará o retorno de Jardine a San Luis do Potosi após três torneios e o primeiro encontro entre os dois velhos amigos, que trabalharam juntos por quatro anos, como rivais. Gustavo Leal, que teve uma bem-sucedida passagem como técnico em Xerém, nas categorias de base do Fluminense, entre 2014 e 2019, foi o auxiliar de Jardine na Seleção Brasileira que conquistou a medalha de ouro em Tóquio 2020 e, depois, no próprio Atlético de San Luis, a partir de fevereiro de 2022.

Além do ouro olímpico, a parceria de ambos rendeu ótimos frutos no México. O modesto clube de San Luis de Potosí é uma filial do Atlético de Madrid e colecionava desempenhos ruins até a chegada da comissão técnica brasileira, figurando ano a ano na zona da multa – na Liga MX não há rebaixamento. Em três torneios com Jardine e Gustavo, a dupla liderou o Atlético de San Luis às melhores campanhas da história do clube e, já no primeiro campeonato, levou a equipe à Liguilla – como são chamados os playoffs no país, a partir das quartas de final – um feito inédito até então.

O desempenho histórico à frente de um dos menores orçamentos da Liga MX chamou a atenção do América, o clube de maior torcida e maior campeão mexicano, que em junho deste ano decidiu pagar a alta multa rescisória de Jardine e apostar no brasileiro para sair da incômoda fila que já dura cinco anos sem títulos.

“Vir para o maior clube do México foi certamente um reconhecimento pelo bom trabalho que fizemos na Seleção e no Atlético de San Luis”, comenta André Jardine.
E o início de Jardine na nova casa não poderia ser melhor. Restando ainda 3 rodadas para o mata-mata, o América é o único time já classificado diretamente para a Liguilla.

Com 33 pontos, a equipe é líder isolada da Liga MX, vem de 6 vitórias consecutivas e é dona do melhor ataque e da melhor defesa da competição.

“Aqui, a cobrança é obviamente maior. O América passa por um jejum incomum na sua história e todos esperam o título. Acho que estamos no rumo certo para as grandes conquistas, mas vamos passo a passo. Ainda faltam as etapas decisivas de um campeonato muito difícil”, analisa André Jardine – são 5 anos de jejum americanista.

Seu adversário nessa próxima rodada será a grande surpresa desta edição do torneio: o Atlético de San Luis, que liderou a competição da 6ª à 9ª rodadas e, se vencer, superará a
maior pontuação de sua história. No comando da equipe desde junho está Gustavo Leal, que aceitou o convite para ser o substituto de Jardine. Desde então, o carioca de 37 anos tem feito um impressionante trabalho à frente do elenco que conta com os brasileiros Rodrigo Dourado (ex-Inter), Vitinho (ex-São Paulo) e Leo Bonatini (ex-Wolves-ING).

“É um torneio super equilibrado. Eu falo sempre para os atletas que devemos buscar ter o protagonismo das partidas. Estamos bem preparados para executar essa ideia ambiciosa e, por isso, temos surpreendido”, conta Gustavo Leal.
Jogando em casa, Gustavo espera contar com casa cheia para superar o favorito América, que está invicto há 13 rodadas.

“Será um prazer reencontrar o André, um amigo e um profissional que tanto fez por este clube. Fico muito feliz pelo reconhecimento que ele vem tendo pelo seu talento. Mas, até por se tratar do líder, uma vitória amanhã teria um efeito redobrado na moral da nossa equipe. Estamos em busca de fazer história também”, conclui Gustavo Leal.
A volta ao Estádio Alfredo Lastras, agora como visitante, terá um significado especial para Jardine:

“Para mim não será um jogo qualquer. O Atlético de San Luis foi o clube que me abriu as portas no México e vê-los bem colocados, ainda mais nas mãos de um grande profissional como o Gustavo, me deixa bastante satisfeito, porque eu sei que construímos juntos um legado ali. Mas hoje defendo o América e só penso nos três pontos. Temos de usar essas rodadas finais para ajustar a equipe, e nada melhor do que fazer isso diante de um adversário forte como este”, avisa André Jardine.

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