Tendo sua carreira marcada tanto pela capacidade técnica como por problemas disciplinares extra-campo, o meia peruano Christian Cueva, agora no Santos, voltou a viver na última semana uma situação geradora de críticas a como ele administra sua vida como figura pública.
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Entretanto, o ex-jogador e hoje treinador da seleção do Peru Sub-23, Nolberto Solano, entende que a situação precisa ser analisada de maneira menos dura em uma maneira geral. Chegando a dizer em entrevista ao diário inca El Bocón, inclusive, que o meia não pode ser crucificado por suas atitudes:
“O Cueva é como ter um filho. Às vezes tem um bom e outro que sai mediano… que você precisa levá-lo, encaminhá-lo. Ele é o único autocrítico para corrigir essas coisas mas, internamente, na parte futebolística, sempre nos deu 100% de resposta. Sabemos que ele tem que mostrar (bom comportamento) não só internamente, mas também para o público. É um rapaz bom, todos nós nos equivocamos, é um ser humano, não há que sepultá-lo, não matou ninguém, não sequestrou ninguém, não fez nada para que o país nos critique. Ele mesmo vai se corrigir e seguir nos dando alegrias.”
Analisando a categoria que é o técnico em comparação a campanha bastante ruim feita nos Jogos Pan-Americanos, Solano vê o nível de preparação para o Pré-Olímpico na Colômbia bastante superior e não viu, em nenhum momento, seu cargo sob ameaça:
“Por sorte, agora temos outro cenário. Há partidas amistosas, um tempo de preparação prévia ao campeonato. Anteriormente tudo se apresentou muito complexo pelo fato de termos também o compromisso com a seleção principal. Agora, corrigindo essas coisas, podemos armar uma equipe mais competitiva.”
“Juan Carlos (Oblitas, gerente esportivo da Federação Peruana de Futebol) e Ricardo (Gareca, técnico da equipe principal) sabiam os prós e os contras que podiam suceder no torneio. Havia respaldo, sempre houve. Agora nos apresenta a mesma oportunidade e trataremos de dar o melhor e classificar as Olimpíadas. Com planejamento pode se fazer melhor as coisas”, agregou.