Apesar da imensa idolatria que o ex-jogador Juan Román Riquelme alimentou com sua trajetória incrível no Boca Juniors e na seleção argentina, o “senão” da passagem curta pelo futebol europeu é constantemente mencionado como algo a se lamentar.
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E uma pessoa com bastante conhecimento de como Román era no dia a dia, o técnico chileno Manuel Pellegrini, relembrou o período que ambos trabalharam juntos no Velho Continente entre os anos de 2004 a 2006 no Villarreal (Espanha). Na oportunidade, o Submarino Amarelo conseguiu campanhas destacadas tanto em La Liga (terceiro lugar) além da Liga dos Campeões da Europa, chegando a semifinal onde acabou caindo diante do Arsenal (Inglaterra).
Dentro da sua avaliação em entrevista a emissora de rádio argentina Radio Mitre, El Ingeniero avalia que o sucesso de Román nesse período foi inegável, mas a falta de maturidade acabou abreviando o mesmo precocemente:
“Com Juan Román vivemos uma época inesquecível no Villarreal que será difícil que o clube consiga repetir. Jogar a semifinal da Champions, a um passo de jogar a final, ficar em segundo ou em terceiro em La Liga é praticamente impossível. Juan Román sempre foi um grande jogador, mas talvez naquele momento tenha faltado um pouco de maturidade não permitiu que ele seguisse na Europa.”
O clima entre o jogador e o restante do elenco era bastante conturbado, chegando ao ponto de, em 2007, Pellegrini respaldar a decisão da diretoria em afastar o meia argentino e acelerar sua saída do clube. Movimentação que acabou facilitando com que ele retornasse ao Boca no início do ano por empréstimo e, no fim do ano, fosse adquirido em definitivo pelo clube Xeneize.
Apesar de lamentar até hoje ter tido que tomar uma decisão do tipo pelo talento de Riquelme, Pellegrini entende que fez a avaliação correta da situação:
“Eu como técnico tive que tomar a medida que acreditava ser melhor para a instituição acima da capacidade do jogador. Mas sempre lamentei muito não ter conseguido resolver a situação com ele. Jogadores como Román, com a criatividade que tem, são poucos no mundo. Hoje tomaria a mesma decisão, não me arrependo.”