Uma situação envolvendo futebol e religião está nesse momento “tirando o sono” do técnico do Egito, o argentino Héctor Cúper, relacionada a como os seus atletas chegaram fisicamente para a Copa do Mundo na Rússia.
Leia mais: Time da Premier League se interessa por Mina, informa jornal
Arthur revela pedido de Renato Gaúcho: “Leva meu DVD para o Messi”
Isso porque, em um país onde a maioria é pertencente a religião muçulmana, a tradição do chamado Ramadã é seguida a risca no que se refere a jejuar desde o nascer do sol até ele se pôr. Algo que, segundo Cúper, prejudicará a preparação da equipe já que ele ocorrerá entre os dias 15 de maio e 14 de junho, justamente o primeiro dia de disputa do Mundial.
O treinador demonstrou com clareza as suas preocupações em entrevista que deu ao periódico argentino La Nación, apontando também que já procura junto ao Corpo Médico egípcio uma forma de minimizar o impacto do Ramadã:
“Meus jogadores fazem jejum do nascer do sol até o fim do dia. E eu treino que horas? Às 5h? Não posso colocar para treinar alguém que sequer tomou alguma coisa e não tem calorias no organismo. Mas já conversamos com os médicos e vamos buscar uma saída.”
O que pode facilitar um pouco as coisas é que o presidente da Federação Egípcia de Futebol, Hany Abdo Rida, parece também ser favorável a incluir os atletas da seleção local em uma das exceções existentes a regra do Ramadã que fala sobre muçulmanos que estão em viagem.
“Para dificultar, na Rússia o sol vai se por mais tarde, o que significa que os jogadores não poderiam comer até perto das 21h. E pretendemos chegar à Rússia cerca de uma semana antes. Por isso, faremos o possível para persuadir osjogadores a não seguirem o jejum no Ramadã.” disse o mandatário em palavras captadas pela agência de notícias russa TASS.
