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Sul-americanos se tornam o principal alvo dos clubes brasileiros

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Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC

Quem acompanha atentamente o futebol brasileiro, já deve ter percebido um fenômeno comum na hora da contratação de reforços para a maioria das equipes das séries A e B do país. São os chamados reforços que ‘hablan’.  

Com os jogadores brasileiros que se destacam ficando cada vez mais valorizados e buscando mercado na Europa, tem restado para as equipes brasileiras ‘garimpar’ reforços nos países vizinhos. Com moedas desvalorizadas e salários em um patamar abaixo dos praticados no Brasil, o mercado sul-americano se tornou a principal fonte de contratações do futebol no país.

Um dos exemplos mais recentes nessa última janela foi o Vasco. Com poder financeiro maior devido a chegada da SAF, o clube carioca foi ao mercado no início da temporada e trouxe diversos reforços dos países vizinhos.

O lateral-direito uruguaio Puma Rodríguez, o atacante argentino Luca Orellano e o também ‘hermano’ Manuel Capasso foram alguns dos principais reforços do clube no início da temporada.  E pelas especulações na imprensa, a quantidade de estrangeiros na equipe não deverá parar por aí. O clube anunciou também o meia argentino Gabriel Carabajal e ainda tem ventilado nos corredores nomes como o uruguaio Franco Fagundez e o colombiano James Rodríguez, que também tem seu nome ventilado em outra equipe carioca, o Botafogo. 

Não à toa, a maioria das equipes da Série A brigaram no início do ano pelo aumento do número de estrangeiros de cinco para sete em cada equipe por partida. Com a medida aprovada em fevereiro deste ano, foram beneficiadas diversas equipes do futebol brasileiro.

O São Paulo, por exemplo, quando a medida foi aprovada, contava com oito jogadores estrangeiros em seu elenco. Um pouco abaixo vem o Athletico, com sete jogadores de fora do país, seguido por Corinthians e Grêmio, com seis estrangeiros cada.

O Flamengo, atualmente, possui quatro atletas estrangeiros em seu elenco: Vidal, Pulgar, Varela e Arrascaeta, mas esse número deverá aumentar com a chegada do goleiro Rossi na janela do meio do ano.

Entretanto, a utilização de reforços estrangeiros não é garantia de favoritismo para as equipes brasileiras.

As melhores casas de apostas de futebol no Brasil seguem apontando o Palmeiras como um dos favoritos nesta temporada. Embora possua seis jogadores estrangeiros em seu elenco, somente dois deles têm sido titulares com regularidade: o lateral-esquerdo Piquerez e o zagueiro Gustavo Gómez. Outras equipes tidas como favoritas são o Fluminense, que também possui dois estrangeiros jogando regularmente como titulares, Cano e Arias, e o Atlético Mineiro, que tem contado com os gringos Zaracho,  Pávon, Saraiva e Maurício Lemos.  

Se dentro do gramado predominam os reforços que ‘hablan’, fora dele, embora também existam muitos treinadores sul-americanos, há um domínio dos treinadores portugueses. Até o momento, a legião sul-americana dos treinadores na Série A é representada por Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza), Eduardo Coudet (Atlético Mineiro) e Jorge Sampaoli (Flamengo). Já os portugueses são mais do que o dobro com Luís Castro (Botafogo), Abel Ferreira (Palmeiras), Ivo Vieira (Cuiabá), Pedro Caixinha (Red Bull Bragantino), Renato Paiva (Bahia) e Pepa (Cruzeiro). 

Seja “hablando” ou falando em nossa língua materna com sotaque de além-mar, o Campeonato Brasileiro de 2023 certamente deverá ser a edição com o maior número de estrangeiros participando em todos os tempos dentro e fora dos gramados. Com toda essa globalização, é questão de tempo para que um dos campeonatos mais disputados do mundo se torne também um dos mais assistidos em outros países. Quem viver, verá.

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