*Por Agência Conversion
O futebol brasileiro tem um cenário bastante comum e que já perdura há anos: o jovem jogador que faz muito sucesso nos times juniores, porém, ao tentar ingressar no futebol profissional depois de ultrapassar a idade considerada “junior”, acaba tendo poucas oportunidades. Desta maneira, o jovem fica sem rumo no caminho do esporte e fica relegado a poucas alternativas como ficar sem trabalhar, ou, com sorte, ir para times menores para não desistir da carreira. Esse é um problema que o futebol brasileiro tem se recusado a enxergar e até mesmo a debater, entendendo se tratar apenas de um processo natural de “filtragem” feito pelo esporte.
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A categoria Sub-23, por exemplo, é uma solução que pode ajudar muito na transição entre o futebol de base e o futebol profissional, pois é uma oportunidade importante para os jovens talentos. Essa medida tem sido discutida em congressos e, apesar de ser uma boa ideia para os jogadores mais novos, ainda causa polêmica entre os coordenadores das categorias consideradas menores mesmo com a existência de torneios com cada vez maior visibilidade nessa faixa etária.
Com o objetivo de desenvolver os jovens para o futebol profissional no futuro, a categoria Sub-23 pode também controlar a transição dos atletas. No Internacional, por exemplo, a equipe Sub-23 joga a Copa FGF e, para eles, a iniciativa é positiva. De acordo com Jorge Macedo, gerente de futebol do Colorado, o Sub-23 serve para “dar ritmo de jogo e uma dificuldade maior aos atletas que vêm da base”. Além do Inter, o Athletico também tem uma equipe de jogadores Sub-23 para o Campeonato Paranaense que, inclusive, revelou jogadores como Marcos Guilherme e Douglas Coutinho.
Mais recentemente, o Grêmio se sagrou campeão do principal torneio desta categoria no país, o Brasileirão de Aspirantes, ao fazer 4 a 1 na decisão contra o Ceará. Resultado esse que se torna ainda mais marcante pelo fato de, entre os profissionais, a equipe lutar ferrenhamente para escapar da zona de rebaixamento e correr sério risco de disputar a segunda divisão nacional em 2022.
Na Europa, porém, as discussões que rondam a ideia de ter uma equipe Sub-23 são ultrapassadas. Nos grandes times europeus, entende-se que faz parte da carreira do atleta a passagem por uma categoria que medie a base e o profissional. Ou seja, já é uma realidade dos times europeus ter uma espécie de Sub-23 – diferentemente do Brasil, que prefere encaixar os jogadores mais jovens na Série B, fazendo com que eles passem por uma transição mais suave.
Há de se atentar, porém, para a importância dos times de base como Sub-8, Sub-13 e até Sub-15 que são essenciais para a formação dos nossos atletas. Isso, aliado a treinos concentrados, um acompanhamento de profissionais do esporte e acessórios esportivos propícios, como conjunto adidas infantil para tênis, por exemplo, são capazes de formar cada vez mais talentos para o futuro.