Em meio a um governo acusado por autoridades de todo o mundo de promover um “ataque contra a democracia” ao destituir juízes do Supremo Tribunal Federal e até mesmo o Procurador Geral do país, a influência do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, chegou a área esportiva.
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Isso porque o governo anunciou, na última semana, a criação de um Comitê Normalizador por parte do Instituto Nacional de Esportes (INDES) que teria poderes para eleger um novo presidente na Federação Salvadorenha de Futebol (FESFUT), algo considerado como irregular pelo regimento da FIFA. O último mandatário, Hugo Carrillo, foi afastado do cargo por conta de investigação que teria apontado crimes como gestão fraudulenta e lavagen de dinheiro, estando o agora ex-presidente da entidade em prisão domiciliar.
Por conta da movimentação governamental, as redes sociais da FESFUT divulgaram ter recebido um documento do órgão que rege o futebol no planeta ordenando a retirada da comissão até o próximo dia 25 de julho. Mais precisamente, até às 7h (de Brasília) do dia citado.
Caso a medida não seja cumprida, o documento enviado pela FIFA aponta que a situação classificada como uma “ingerência indevida” será submetida a análise do conselho da entidade onde, dentre possíveis punições, não estaria destcartada a suspensão da Federação Salvadorenha de Futebol. Impedindo, assim, que o selecionado em questão dispute torneios regidos pela FIFA.
Ciente da situação, o irmão do atual presidente do país e comandante do INDES), Yamil Bukele, afirmou que a postura do Instituto Nacional de Esportes, em caso de punição, será de “defender sua posição”, já que não enxerga qualquer tipo de ingerência nos atos praticados.
Em meio a indefinição no que se refere ao comando do futebol em El Salvador, quem vem pagando o preço é o esporte no país, já que todas as três divisões profissionais estão com as competições paralisadas por tempo indeterminado.
