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Saúde mental: a necessidade da psicologia dentro do futebol

Domingo
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Ansiedade, depressão, síndrome do pânico… O assunto saúde mental é cada vez mais frequente no dia a dia, em diversos setores e classes sociais. Fato é que as doenças da mente não escolhem perfil, e, ao longo dos anos, se amplia o debate sobre vários transtornos diferentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são mais de 300 milhões de pessoas que convivem com a depressão no mundo. O que antes podia ser interpretado como apenas tristeza agora entra em um leque cada vez maior de sintomas e possibilidades de diagnóstico e, consequentemente, métodos de tratamento.

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De um modo geral, especialistas levantam a importância de buscar uma abordagem precoce dos sintomas para evitar que um determinado quadro se desenvolva e evolua. Quando mudanças nos hábitos ou nos padrões de comportamento são perceptíveis, é possível uma intervenção antecipada, com resultados e tratamentos mais rápidos e eficazes.

Sintomas como esquecimento, tristeza, cansaço frequente e dores de cabeça podem estar vinculados a diversas síndromes ou transtornos, sendo uma delas o “burnout”. Um termo que vem do inglês e é uma união de duas palavras: ‘burn’, que quer dizer queimar, e ‘out’, que significa exterior. Sendo assim, a Síndrome de Burnout pode ser caracterizada como quando influências externas – que podem ser sobre trabalhos ou estudos – “queimam” na mente. Quando isso ocorre, há um esgotamento mental.

Essa realidade tem produzido, nos últimos anos, uma verdadeira epidemia de depressão e outros transtornos psíquicos e emocionais em um grande espectro de pessoas que utilizam a internet para a autopromoção como youtubers, influencers, atores, cantores e atletas. E, como não poderia deixar de ser, o futebol é um exemplo de esporte que, no Brasil, recebe grande influência dessa evolução tecnológica tanto na questão técnica e preparação física dos jogadores quanto na mercadológica, passando a constituir um movimento ‘midiático’ de grande interesse econômico por parte de agentes, torcidas e patrocinadores. É aí que o trabalho do psicólogo é não apenas relevante como cada vez mais necessário para o correto cuidado da saúde mental.

A psicóloga Michelle Rios atuou como auxiliar no cuidado da saúde mental de jogadores e comissão técnica nas categorias de base e profissional do Atlético-MG. Hoje no Ceará, ela falou em entrevista recente sobre a necessidade do cuidado com atletas que encaram uma grande sequência de jogos, viagens e desgaste físico no mais alto grau de exigência:

“A gente precisa fazer uma série de avaliações. Avaliar o nível de estresse do jogador, avaliar a fadiga mental, pois cada jogo é diferente, e aqui se viaja muito, se passa muito tempo fora e isso desgasta os atletas.”

Times com departamentos específicos têm demonstrado maior capacidade de recuperação diante de disputas e resultados, como é o caso do Palmeiras. O Alviverde conta com um núcleo de saúde e performance que vai de nutricionistas e fisiologistas até psicólogos. Não à toa, o Palmeiras segue nos primeiros lugares das tabelas dos campeonatos mais importantes nos últimos anos.

Capacitar profissionais para o enfrentamento de problemas cada vez mais complexos da saúde mental é um desafio. Ampliar o conhecimento ainda dentro da faculdade de psicologia é uma necessidade real para demandas cada vez maiores. Diante deste panorama, é clara a importância da conscientização sobre os distúrbios que afetam a saúde humana e a quebra de estigmas sobre buscar o apoio psicológico adequado.

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