Revelado pelo Central Español, do Uruguai, Santiago Silva surgiu para o futebol em 1998. Destaque por conta do porte físico parrudo e faro de gol apurado nas categorias de base, o atacante uruguaio logo ganhou o apelido de “El Tanque”.
Leia Mais: Atacante ex-Luverdense se empolga com início de temporada na Ásia
Três atletas podem ter a sua estadia abreviada no Universitario
Quatro anos mais tarde, o jovem centroavante recebeu a primeira chance fora de seu país. O Corinthians, na época comandado por Carlos Alberto Parreira, se interessou pelo jogador e acertou sua contratação.
A expectativa era grande, mas o futebol na terra tupiniquim não engrenou. Durante seis meses, o atacante entrou em campo apenas cinco vezes e não balançou a rede em nenhuma oportunidade.
Após a pífia passagem pelo Brasil, o atacante rodou por inúmeros entre Uruguai, Alemanha, Portugal e Argentina. A afirmação na carreira só veio no Vélez Sarsfield, em 2007, quando marcou 7 gols em 15 jogos.
Na temporada 2010-2011, Santiago Silva chegou ao auge. Na equipe comandada por Ricardo Gareca, o centroavante era peça-chave no time titular e o aproveitamento para balançar a rede era impressionante. No total, ele marcou 22 gols em 43 jogos disputados.
Apesar de toda a moral que tinha com a torcida, El Tanque falhou no momento mais decisivo. Durante a semifinal da Libertadores contra o Peñarol, o uruguaio teve a chance de marcar o gol de pênalti e colocar o Vélez na final do torneio continental. Porém, ele encheu o pé e mandou a bola nas arquibancadas do estádio José Amalfitani.
Destaque no time argentino, Santiago Silva foi negociado com a Fiorentina, da Itália, mas pouco fez na Europa e voltou para jogar na América do Sul. Dessa vez, ele acertou com o poderoso Boca Juniors, mas nunca caiu no gosto da torcida Xeneize.
Depois do time da La Bombonera, o atacante passou pelo Lanús, onde conquistou o título da Sul-Americana em 2013 e mais recentemente jogou pelo Banfield.
No começo de 2017, sem o artilheiro Nicolás Castillo que terminou negociado com o futebol mexicano, a Universidad Católica precisava de um artilheiro para suprir a ausência do ídolo e acertou com Santiago Silva.
Nos primeiros jogos do ano, o uruguaio decepcionou e foi muito cobrado pelos torcedores. Até mesmo o técnico Mario Salas defendeu seu atleta publicamente e pediu paciência.
Após uma enxurrada de críticas, o atacante marcou seus primeiros gols pelo time chileno contra o Antofagasta, no último fim de semana. A pressão em cima do jogador era tão grande, que ele parecia soltar todos os demônios que o cercavam na hora da comemoração.
Após tanta desconfiança e críticas da torcida, Santiago Silva voltou a dar alegrias ao torcedor da Católica na última quarta-feira, quando fez o gol da vitória da Universidad Católica diante do Flamengo na Libertadores.
Só resta saber se a fase de Santiago Silva irá permanecer por muito tempo ou se ele vai cair em desgraça com a torcida da Católica que ainda sente muita saudade de Nicolás Castillo.
