No aspecto tático, técnico e por vezes até de concentração, o River Plate conseguiu uma merecida vitória diante do arquirrival Boca Juniors no embate de ida pela semifinal da Copa Libertadores que aconteceu no estádio Monumental de Núñez.
Leia mais: Colômbia é convocada para amistosos sem James, Falcao e atacante do Fla
Time sul-americano projeta novo estádio para 60 mil torcedores
Através dos tentos feitos por Santos Borré e Nacho Fernández, o clube dirigido por Marcelo Gallardo tem o direito de perder até por um gol de diferença jogando em La Bombonera que, ainda assim, tem vaga carimbada na final. Ao Boca, só resta igualar o marcador de 2 a 0 (penalidades) ou qualquer triunfo por três ou mais gols para ir diretamente a decisão em Santiago.
Primeiro tempo
Com apenas dois minutos de jogo, quando o River conseguia a primeira investida, Santos Borré tentou a batida em chute de Nicolás De La Cruz defendido pelo goleiro Esteban Andrada, mas acabou travado por Emmanuel Más. Porém. somente após a saída da bola pela lateral, o lance foi revisado pelo árbitro brasileiro Raphael Claus com o uso do Árbitro de Vídeo e ele determinou a penalidade onde, na batida, o próprio Borré cobrou com segurança, no meio do gol, abrindo a contagem que estremeceu a casa riverista aos sete minutos.
Depois do tento, a partida se definiu bem em posturas onde o Boca tentava avançar com ressalvas ao ataque usando somente Alexis Mac Allister, Franco Soldano e Emanuel Reynoso para apoiar Ábila, segurando em diversas oportunidades os laterais para não dar espaços no costado da zaga.
Por outro lado, o River teve atitude mais agressiva de marcação, subindo suas linhas de maneira mais uniforme e, quando o oponente tentava sair jogando com a bola no chão, rapidamente o time Millonario conseguia ou abafar a jogada retomando a posse ou forçando “chutões” que dificultassem a construção de lances mais elaborados do time Xeneize.
Apesar desse contexto, foram mais escassas as oportunidades com clareza dentro de uma primeira etapa de bastante briga por espaços. Além de lindo chute dado por Mac Allister espalmando por Armani que se esticou todo em chute de média distância, Nicolás Capaldo perdeu chance incrível batendo de perna esquerda após passe de Ábila praticamente na pequena área enquanto, para o River, De La Cruz bateu falta lateral direto para a meta de Andrada que precisou socar a bola pela linha de fundo.
Segundo tempo
A etapa complementar começou de maneira bem semelhante ao que foi a primeira com o adendo de que a primeira oportunidade mais aguda surgiu novamente com o River, porém de maneira quase que “acidental”. Aos 10, o lateral-direito Gonzalo Montiel se livrou da marcação e tentou fazer o cruzamento, porém a bola pegou efeito bastante insinuante e carimbou a trave esquerda de Andrada para, na volta, a zaga boquense afastar de qualquer maneira.
Atuando com mais consistência tática e sendo mais “uniforme” do que seu adversário, notoriamente o River parecia mais perto de chegar ao segundo tento em comparação aos visitantes que, usando unicamente o recurso dos lançamentos e bolas mais “esticadas”, se via com poucas alternativas ofensivas para efetivamente assustar Armani.
E, depois de lance onde a bola chegou a bater no pé de Carlos Izquierdoz além de na cabeça de Andrada, com 24 minutos os anfitriões finalmente ampliaram a contagem. Em ótima chegada pelo lado direito do ataque, Matías Suárez cruzou rasteiro e Nacho Fernández chegou completando de primeira, deixando Andrada estático.
A superioridade que já era notada antes pareceu se acentuar com a necessidade do Boca se abrir mais para, também através de substituições, buscar o gol qualificado. Por meio dessa noite mais inspirada e organizada, Suárez, por cobertura, e Ignacio Scocco, tocando de cabeça, não deixaram o marcador mais elástico graças a boa defesa de Esteban Andrada e uma finalização que passou rente a trave direita do time Azul y Oro.
Apesar dos esforços, o marcador não mais se alterou e o compromisso ficou no 2 a 0 para o River Plate com o adendo de que, já aos 51, Claus revisou cartão amarelo dado por falta de Capaldo em Enzo Pérez e modificou a advertência para vermelho direto.