O ex-jogador e hoje vice-presidente do Boca Juniors, Juan Román Riquelme, concedeu entrevista para a emissora argentina TyC Sports na noite da última quarta-feira (22). Algo que gerou natural expectativa, sobretudo para saber a reação do dirigente diante da queda da equipe na semifinal da Copa Argentina.
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Nesse sentido, a postura adotada pela figura que também é candidata a presidência do clube no pleito que ocorrerá em dezembro foi de tranquilidade. Fazendo questão, aliás, de minimizar a eliminação que tem fortes possibilidades de inviabilizar a participação da equipe na próxima Libertadores.
“Sou como outro torcedor, com a ilusão de que queríamos estar em outra final. Fizeram um gol muito rápido. Sentimos a expulsão. Eles fizeram um gol muito rápido e isso torna o jogo mais complicado. Mas estou feliz e grato aos nossos jogadores porque para mim, isso é esporte, é futebol. Para mim, o mais importante é chegar à final. Tínhamos a ilusão de chegar lá. Fizemos várias coisas bem feitas. (A expulsão de Saracchi) É o futebol. Tive a sorte de jogar em uma posição em que não precisava fazer muitas faltas. Você não consegue lidar com essas coisas, você faz uma falta a mais e essas coisas acontecem. Mas essa é a beleza do futebol. Não conseguimos chegar à final, mas é bom para nós competir”, detalhou.
Confiança e ataque a concorrência
Todavia, quando o tema se voltou para as eleições do dia 2 de dezembro, o comportamento de Riquelme não foi nada sereno, pelo contrário. Além de mostrar absoluta confiança no triunfo, ele entende que o clube passa por um processo de crescimento. Sem deixar de mencionar negativamente, em diferentes momentos, o ex-presidente e hoje figura da oposição, Daniel Angelici.
“Quando você olha para o que aconteceu (em sua gestão), foi um sonho, estou feliz. Seria bom se eles valorizassem as coisas boas que fizeram e não falassem sempre da mesma coisa. O Boca cresceu muito. Estou tranquilo. Queríamos jogar a final, sempre queremos. Esportivamente, crescemos, e economicamente também. Vejo que ninguém fala sobre o Boca trazer Cavani. Mas entendo que é o trabalho deles, que é bom para eles falarem da mesma coisa. (…) Estas são as eleições mais fáceis da história. O sócio tem tudo fácil, eles são os proprietários. Eles tem tudo mais fácil do que nunca”, disse Riquelme, ratificando:
“Sempre tentaremos melhorar. Qual foi o melhor período do nosso rival, nos cinco anos em que Angelici foi presidente? Eu não o ouço dizer isso na TV… Só ouço que falam mal do Boca. Mas entendo que há muitos jornalistas que, se falarem do Boca (na gestão anterior), ficarão desempregados. As coisas estão claras, não estou inventando nada. Os torcedores, agora, têm que votar no dia 2 de dezembro. Vai ser uma festa. Eles vão poder usar a Bombonera, que é de todos (…) Desejo que todos aproveitem. Não temos dúvidas de que o dia 2 de dezembro será um grande dia, venceremos as eleições e continuaremos a crescer.”
Em jogo, o planejamento para 2024
No último jogo da temporada 2023, o Boca Juniors vai até Mendoza, visitar o Godoy Cruz, pela rodada derradeira na fase de grupos da Copa da Liga. Assim, para manter esperanças de uma vaga na próxima Libertadores (seja com combinação de resultados ou liberação de espaços via títulos de concorrentes diretos), somente a vitória interessa.