O empate que acabou resultado na eliminação do São Paulo na noite de ontem pela Copa Sul-Americana diante do modesto Defensa y Justicia certamente foi um resultado tanto traumático como vexatório para os torcedores que compareceram ao Estádio do Morumbi.
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Entretanto, apesar do torneio continental em questão ter apenas 15 anos de existência, existiram outras situações onde a equipe que aparentemente detinha o favoritismo no confronto acabou eliminada para um clube de menor expressão continental.
Pensando nesse ponto de vista, o Futebol Latino buscou nas memórias da Sul-Americana cinco confrontos em que o mais improvável dos resultados acabou ocorrendo, gerando felicidade intensa de um lado e a perplexidade do revés para o outro:
Gimnasia La Plata x Boca Juniors – Edição de 2002
Na primeira vez em que a competição foi disputada, não haviam brasileiros no torneio, tendo logo na primeira fase o encontro de dois argentinos.
E, mesmo com a equipe que um ano depois ganharia a Libertadores e o Mundial Interclubes no Japão, o Boca, treinado pelo mítico Carlos Bianchi, foi eliminado ao perder em La Plata por 3 a 1 e empatar em 0 a 0 em La Bombonera.
Apesar do feito, logo na fase seguinte os lobos caíram diante do Bolívar.
River Plate (Uruguai) x San Lorenzo – Edição de 2009
Uma eliminatória que também parecia mais tranquila para os argentinos era diante do modesto River Plate uruguaio, mas não foi bem assim que as coisas se desenrolaram. Tendo perdido por 1 a 0 fora de casa, o Ciclón rebateu com o mesmo placar em casa no tempo normal e levou a disputa para as penalidades.
No entanto, o time charrúa foi mais eficiente e conseguiu um 7 x 6 na marca da cal, indo para as semifinais e, aí, sendo massacrado pelo clube que seria campeão do torneio, a LDU, com direito a um triturante 7 a 0 para os equatorianos em Quito.
Tigre x Cerro Porteño – Edição de 2012
Mesmo sem ter um título de relevância continental pesado no currículo, o Cerro sempre se colocou como uma equipe difícil de se bater e presente em inúmeras edições. No entanto, isso não foi páreo para a ousada equipe do Tigre que, em duas partidas, derrubou o gigante paraguaio.
Tendo empatado em 1 a 1 fora de casa, a decisão que veio para a Argentina encontrou uma equipe muito bem preparada na defesa (que contava com o hoje zagueiro do Flamengo, Alejandro Donatti) e no sistema ofensivo com o meia Rubén Botta e o atacante Federico Santander. Resultado: Vitória por 4 a 2.
O sonho de fazer história e conquistar uma taça da Copa Sul-Americana para o Tigre acabou justamente diante do São Paulo, na decisão do torneio.
Arsenal de Sarandí x Chivas – Edição de 2007
Quando da participação de equipes mexicanas no torneio, o duelo entre argentinos e o poderoso Chivas Guadalajara parecia ser o limite para o clube que havia deixado para trás San Lorenzo e Goiás no torneio.
No entanto, mesmo com o empate em 0 a 0 em Sarandí, a equipe que viria a ser campeã do torneio diante do também mexicano América não se intimidou com a imponência do Estádio Jalisco com quase 30 mil torcedores presentes e aplicou uma heroica vitória por 3 a 1, tirando o rebaño da competição.
Cienciano x Alianza Lima – Edição de 2003
O confronto caseiro pela Sul-Americana de 2003 dificilmente deixava dúvidas de que o Alianza Lima seguiria na competição. Porém, mal sabiam os íntimos que, diante deles, estava uma equipe prestes a fazer história.
Usando muito bem o fator altitude da cidade de Cusco, contando com ótimos nomes como, por exemplo, o ainda hoje em atividade Carlos Lobatón sob a batuta do técnico Freddy Ternero, o Cienciano derrubou não só o Alianza com duas vitórias por 1 a 0, mas seguiu avançando diante de Universidad Católica, Santos e Atlético Nacional até se sagrar campeão diante do River Plate.