Um dos clubes com maior representatividade na história do futebol na América Latina está completando nessa quarta-feira (28) 125 anos de muita história, superação e, é claro, glórias quase que incontáveis, o Peñarol.
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Análise FL: O lado bom e ruim das mudanças na Libertadores
A equipe uruguaia celebra nesse 28 de setembro mais um aniversário de sua trajetória iniciada por funcionários da companhia férrea da cidade de Montevidéu ainda com o nome de Central Uruguay Railway Cricket Club e que hoje resulta em uma poderosa força que arrasta multidões pelo país, continente e, porque não, pelo mundo todo.
Em uma forma de homenagear e demonstrar como a tradição Carbonera foi muito bem estabelecida por méritos próprios ao longo dos anos, o FL faz uma singela homenagem ao Peñarol demonstrando mais sobre os cinco títulos conquistados pelo Manya da Copa Libertadores da América, o que o coloca como o terceiro maior vencedor da história do torneio.
Pioneiro dos campeões – 1960
O torneio era uma absoluta novidade e nem de longe contava com o prestígio que hoje atrai a competição que sofreu modificações para a sua disputa em 2017. Sendo disputado apenas pelos campeões de cada país (o Universitario desistiu da disputa e o Olimpia avançou automaticamente na primeira eliminatória), o Peñarol superou Jorge Wilstermann e o San Lorenzo antes de chegar a decisão contra os paraguaios.
Ganhando de 1 a 0 no Centenário em solo uruguaio e com o empate obtido no Estádio Manuel Ferreira por 1 a 1, o Manya se proclamou o primeiro campeão da história da Libertadores.
Um brasileiro no caminho – 1961
Sendo disputado da mesma maneira que a edição anterior, dessa vez com o diferencial que a equipe do Universitario concordou em atuar, a competição seguiu com o Peñarol confirmando seu favoritismo e chegando a final com a campanha de passar pelos peruanos e pelo seu “freguês” do ano anterior, o Olimpia, para duelar na decisão com o Palmeiras. Tendo vencido por 1 a 0 em Montevidéu, o empate por 1 a 1 no Pacaembu que comportou mais de 50 mil pessoas foi suficiente para a segunda conquista charrua.
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Sobrou para outro argentino… – 1966
Depois de ter perdido a decisão do ano anterior para o Independiente, a equipe Carbonera veio determinada a ser mais uma vez soberana da América. Nessa altura, a Libertadores já havia crescido em proporção de clubes, sendo disputada por 16 equipe e contendo a divisão de fase de grupos e mata-mata.
Sendo o primeiro chave que continha o arquirrival Nacional, os bolivianos do Jorge Wilstermann e do Municipal e também os equatorianos do Emelec e do 9 de Octubre, o Peña foi a fase seguinte para passar novamente na ponta do triangular com Nacional e a Universidad Católica chilena para, na decisão, enfrentar o River Plate.
Em uma série carregada de muita emoção, os uruguaios ganharam a primeira partida por 2 a 0 em casa e foram derrotados no Monumental de Nuñez por 3 a 2, forçando o duelo de desempate. No terceiro jogo (em campo neutro, mais precisamente no Nacional de Santiago), deu Peñarol por 4 a 2 e o terceiro título na conta.
Quebra do jejum – 1982
Com a dominância dos anos 60 não se repetindo na década seguinte, o clube Carbonero viu a organização da Libertadores ganhar tons cada vez mais profissionais e só pode levantar novamente a taça no ano em que o mundo reverenciava a extremamente técnica Seleção Brasileira de Telê Santana, mas viu o futebol eficiente da Itália se sagrara campeã do mundo.
Da mesma maneira ocorreu na Liberta, onde o caráter do jogo objetivo aliado a já tradicional charrua do clube do Uruguai serviram de combustível para avançar na primeira fase dentro da chave com São Paulo, Grêmio e Defensor, na segunda fase contra Flamengo e River Plate para, na grande final, superar o Cobreloa no agregado com um empate sem gols no Centenário e uma importantíssima vitória no deserto do Atacama por 1 a 0 com direito ao tento do atacante Fernando Morena acontecendo aos ocorrendo no último lance do embate.
A glória memorável – 1987
Se em 1982 o melhor ficou reservado para o final do tempo normal, uma prorrogação traria cinco anos depois o quinto grito de campeão a voz do torcedor Carbonero com requintes de crueldade.
Tendo avançado diante da fase de grupos contra Alianza Lima, Progreso e San Agustín e na fase seguinte contra os fortíssimos River Plate e Independiente, a finalíssima contra o América de Cali nunca foi tranquila. Perdendo com gols logo no início do duelo em Cali e precisando virar o confronto em Montevidéu aos 42 da etapa complementar, a figura do hoje técnico do Atlético-MG foi vital para escrever mais essa gloriosa página do Peñarol.
Aos 30 minutos da prorrogação do jogo de desempate disputado em Santiago, Aguirre soltou a bomba de pé-esquerdo para vencer Julio Cesar Falcioni (ex-técnico do Boca Juniors hoje treinador do San Martín) e levar a loucura os locutores que acompanhavam a decisão.
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