*Thiago Giannini – Colaborador do Futebol Latino
A equipe alviverde está atualmente em sua 16ª participação no torneio continental. E nesta quinta-feira, dia 3, terá mais um compromisso dificílimo contra o Rosário Central. Antes do primeiro jogo de Libertadores no Allianz Parque, o Futebol Latino escolheu algumas partidas que a torcida palmeirense não esquece:
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Palmeiras 6 x 1 Boca Juniors – 1994
Na época, apenas 20 times disputavam o torneio – dois representantes de cada país, mais o campeão do ano anterior (São Paulo), que entraria diretamente no mata-mata. O esdrúxulo regulamento colocava dois países por grupo apenas, e Brasil e Argentina caíram juntos. Além de Palmeiras e Boca, o grupo continha ainda Cruzeiro e Vélez (que seria o campeão daquela edição).
O verdão tinha um esquadrão, era o atual campeão brasileiro. Mas acabou passando em terceiro colocado, vencendo todas em casa, e perdendo todas fora. A noite de gala veio justamente sobre o time que seria o seu algoz nas edições de 2000 e 2001, com atuação brilhante de Mazinho (também conhecido pelos mais jovens como o pai do Thiago Alcântara). É até hoje a maior goleada de um time brasileiro sobre o Boca Juniors.
https://www.youtube.com/watch?v=iB5ywdql6eE
Palmeiras 0 x 0 São Paulo – 1994
Esta, na verdade, não é a lembrança mais feliz para o torcedor palmeirense. O time seria eliminado pelo rival na partida de volta das oitavas de final por 2 x 1 no Morumbi. Mas apesar da frustração de não vazar o adversário, o time alviverde fez um grande jogo, desperdiçando inúmeras chances e vendo Zetti ter umas das maiores atuações de sua carreira.
O tricolor ainda reclamaria de um pênalti não marcado sobre Euller, que seria o carrasco no jogo da volta (e campeão pelo Palmeiras em 1999). O jogo ainda foi marcado por uma das muitas polêmicas envolvendo Edmundo.
Palmeiras 3 x 0 River Plate – 1999
Depois de passar por Vasco nas oitavas e pelo arquirrival Corinthians nas quartas de final, em um duelo muito equilibrado decidido nos pênaltis, o Verdão enfrentaria os Millonarios, de Sorin e Gallardo, o mesmo que hoje é técnico do clube argentino.
O River foi melhor no jogo de ida em sua casa, e graças a uma das mais milagrosas atuações de São Marcos, o jogo foi apenas 1 x 0 para os argentinos. No Palestra Itália, o Palmeiras foi para cima e já vencia por dois gols com 18 minutos. Foi a vez de Alex brilhar intensamente, marcando duas vezes e tendo grande atuação. O clube da Rua Turiassu chegava pela terceira vez a uma final de Libertadores.
Palmeiras 2 x 1 Deportivo Cali (4 x 3 nos pênaltis) – 1999
Assim como na semifinal, o Palmeiras jogou a segunda partida da decisão em casa. Mas ao contrário da partida contra o River, o time de Felipão teve muitas dificuldades e o jogo foi dramático. Precisando reverter o placar de 1 a 0 sofrido na Colômbia, o Verdão abriu o placar aos 19 do segundo tempo, em um pênalti convertido por Evair, para sofrer o empate logo na sequência, também de pênalti. O segundo veio também não muito depois, com Oséas, o responsável pelo gol do título na Copa do Brasil no ano anterior. Antes do apito final, mais drama, com a expulsão de Evair, grande ídolo e principal batedor de pênaltis da equipe.
Mesmo sem ele, o título viria na disputa por penalidades, sem nenhuma defesa de Marcos, que viu os jogadores colombianos desperdiçarem os últimos dois pênaltis. O Palmeiras era finalmente o dono da América, para o delírio dos mais de 32.000 presentes no Palestra Itália e dos outros milhões espalhados pelo país
Palmeiras 3 x 2 Corinthians (5 x 4 nos pênaltis) – 2000
Para alguns palmeirenses, este é um momento quase tão memorável quanto o próprio título da Libertadores. Os rivais se enfrentavam pelo segundo ano seguido no torneio, e o Corinthians, bicampeão campeão brasileiro na época, era apontado por muitos como o favorito, uma vez que o Palmeiras havia perdido vários grandes jogadores do grupo campeão no ano anterior, como Arce, Zinho, Evair, Paulo Nunes, Júnior Baiano e Oséas.
A primeira partida do confronto já fora de tirar o fôlego, um 4 a 3 para os alvinegros com direito a gol da vitória aos 45 do segundo tempo. Na volta, mais um jogo eletrizante, com duas reviravoltas. O terceiro gol, de Galeano, colocou o Palmeiras à frente pela segunda vez no jogo e levou a decisão para os pênaltis, assim como em 99.
No duelo entre dois grandes goleiros, Marcos e Dida, os cobradores levaram a melhor e converteram os nove primeiros. Até que chegou a vez de Marcelinho, grande ídolo corintiano, enfrentar o santo palmeirense. Ao defender aquele pênalti, Marcos foi definitivamente canonizado por sua torcida, que mais uma vez comemorava a eliminação do maior rival.
