Quem é fã de futebol sabe o que significa vencer uma Copa do Brasil. Considerado o “caminho mais curto para a Libertadores”, o principal torneio de mata-mata do país é um verdadeiro teste para cardíacos.
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Criada em 1989 com o intuito de democratizar o esporte, a competição possibilita que alguns clubes de menor tradição no futebol nacional joguem de igual para igual contra as grandes potências brasileiras. E quando isso acontece, na teoria, o resultado final pode parecer óbvio.
Entretanto, a prática mostra que nem sempre é assim.
Mesmo com um abismo gigantesco entre as realidades desses clubes, sempre há um espaço para uma zebra inesperada entrar em campo. Este ano, por exemplo, nem o mais fanático torcedor apostaria no América-MG. Mas o esquadrão comandado por “Lisca Doido” surpreendeu outra vez e derrubou o Internacional nos pênaltis, conquistando uma vaga para a semifinal inédita da equipe de Minas Gerais.
Apesar do campeonato espetacular que o América-MG vem fazendo, sempre que um time de menor expressão enfrenta uma equipe considerada favorita, os torcedores tendem a jogar todas as suas fichas, inclusive em sites de apostas como o Betway, nos gigantes do futebol brasileiro.
Mas antes de apostar é preciso analisar bem o cenário. E para ajudar na escolha do melhor time, casas de apostas oferecem estatísticas que podem ser cruciais na hora de fazer uma aposta em alguma equipe de futebol.
Como vimos na campanha surpreendente do Coelho este ano, a zebra está à solta nos gramados e pode aparecer a qualquer momento para assombrar e derrubar todas as estatísticas.
Os mandos de campo já foram definidos para os duelos da semifinal de 2020, mas enquanto os jogos não chegam, o Futebol Latino preparou uma lista para relembrar quatro situações inesperadas que entraram para a história da Copa do Brasil.
Se prepara que lá vem zebra!
Foto: PxHereAsa de Arapiraca x Palmeiras (2002)
É praticamente impossível falar de zebra na Copa do Brasil e não lembrar do duelo entre Palmeiras e Asa de Arapiraca. Em 2002, a equipe paulista vinha como franca favorita para passar de fase, no entanto… O final todo mundo conhece.
O time comandado por Vanderlei Luxemburgo perdeu o primeiro jogo fora, por 1 a 0, e entrou pressionadíssimo para a partida decisiva, no Palestra Itália. Diante de seus torcedores e com um jogador a mais desde os 15 minutos do segundo tempo, o Verdão venceu o jogo por 2 a 1, mas acabou sendo eliminado na primeira fase da competição graças ao critério de gols fora de casa.
O resultado rendeu muita comemoração por parte do Asa, que recebeu até um trio elétrico em Arapiraca, e ficou marcado como um dos maiores vexames da história do Palmeiras.
O tropeço foi mesmo inesquecível, mas o torcedor palmeirense também tem muito o que comemorar na Copa do Brasil, pois o clube já levantou o caneco em três oportunidades. Na edição deste ano, inclusive, o Verdão já garantiu a vaga na semifinal após eliminar o Ceará fora de casa e segue forte na briga pelo quarto título.
Santo André Campeão (2004)
Em 2004, o Santo André fez muito mais do que apenas eliminar um clube favorito e acabou levantando o caneco da Copa do Brasil. Após passar pelo Atlético-MG e pelo Palmeiras, a equipe do ABC Paulista entrou para a história ao derrubar o todo poderoso Flamengo, em pleno Maracanã.
No primeiro jogo, disputado no Palestra Itália, as equipes empataram em 2 a 2. Pelo critério de gols fora de casa, o Flamengo levava uma boa vantagem para a partida de volta. Mas parece que esqueceram de avisar o Ramalhão.
Surpreendentemente, a equipe então comandada pelo técnico Péricles Chamusca balançou a rede duas vezes no segundo tempo e fechou o caixão dos cariocas.
O resultado, seguido pelo título, é até hoje considerado como uma das maiores zebras da Copa do Brasil, menos para Chamusca que, em entrevista ao Lance!, rejeitou o rótulo de zebra, relembrando a bela campanha feita pelo Santo André durante toda a competição.
Paulista Campeão (2005)
Assim como fez o Santo André no ano anterior, o Paulista não tomou conhecimento de seus adversários e foi derrubando um por um até chegar ao título da Copa do Brasil.
Após passar por gigantes como Internacional, Cruzeiro e Botafogo, o Paulista derrotou o Fluminense na finalíssima, conquistando um título histórico – e obviamente muito comemorado – na cidade de Jundiaí.
O Galo de Jundiaí venceu o primeiro jogo em casa, por 2 a 0, e ainda arrancou um empate em 0 a 0 em São Januário, resultado que consagrou a equipe do interior paulista.
Bragantino (2014)
Em 2014 foi a vez de outro clube do interior paulista aprontar. E quem sofreu com uma eliminação inesperada na terceira fase da Copa do Brasil foi o São Paulo.
O time, comandado na época por Muricy Ramalho, venceu a primeira partida por 2 a 1, em Ribeirão Preto, e levava uma ótima vantagem para o jogo de volta em casa.
O cenário, que já pareceria bom, ficou ainda melhor. O Tricolor abriu o placar no Morumbi, jogando um balde de água fria no Bragantino, que agora precisaria marcar três gols para passar direto, ou dois para levar a partida aos pênaltis.
Mas o Massa Bruta comprovou que o jogo realmente só termina quando o juiz apita. Com uma virada espetacular, o Braga balançou a rede três vezes e aumentou o drama do São Paulo, único grande paulista que nunca venceu uma Copa do Brasil.
Garantido na semifinal deste ano, após eliminar o Flamengo no Morumbi com direito a provocação em rede social, o torcedor são-paulino tem mais uma chance de sonhar com o tão esperado título. Isso é, se nenhuma outra zebra aparecer pelo caminho.