É comum olhar para jogadores dos clubes mais importantes do continente (como se tornou recentemente o caso do atacante Leonardo Castro, do Millonarios) e pensar no grau de privilégios e oportunidades econômicas que atletas desse porte conseguem obter. Ainda mais considerando o fato de que, em 2023, o clube de Bogotá vai disputar a Libertadores.
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Todavia, quando se olha de maneira mais aprofundada para a história do campeão e artilheiro do último Clausura colombiano vestindo a camisa do Deportivo Pereira, é possível perceber como a vida de atletas de alto rendimento precisam passar pelas mais diversas provações antes de, efetivamente, “deslanchar”.
No caso de Castro, após conseguir somente ganhos pontuais para atuar aos fins de semana em equipes amadoras da cidade de Pereira, a primeira grande porta se abriu, em muito, por conta de seu trabalho como lixeiro na Atesa, a prestadora de serviço público de limpeza na cidade.
Isso porque, através da função, ele tomou conhecimento e começou a treinar no Indubolsas, instituto mantido pela empresa homônima que fabrica sacolas plásticas e diversos produtos industriais. Além de conquistar a Copa Cidade de Pereira sendo o artilheiro, Leonardo Castro foi contratado pelo Audifarma, também da cidade, e conseguiu se concentrar na carreira de jogador de futebol.
Entretanto, depois de não conseguir ser aceito por clubes como Barranquilla FC, Envigado e La Equidad, um roupeiro do Deportivo Pereira o aconselhou a fazer um teste no clube. Foi a melhor decisão de sua vida onde, após surgir para os olhares do país e rumar ao Independiente Medellín, onde ficou por seis temporadas, pôde voltar a cidade em que passou boa parte da vida e ainda escrever seu nome na história do Deportivo Pereira.