O treinador venezuelano Rafael Dudamel concedeu, nessa quarta-feira (8) na Cidade do Galo, a sua primeira entrevista como técnico do Atlético-MG.
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Mais destacado até mesmo do que os aspectos táticos e estilo de jogo que deseja implementar por parte de Dudamel foi o aspecto psicológico. Para ele, acima de seu trabalho, será importante agregar atletas que entendam a necessidade de alimentar um espírito que “anseie” por vitórias:
“Falo que teremos muito trabalho pela frente. Isso é fundamental. Mas o mais importante de todos é que o talento do nosso plantel é poder recuperar a ânsia pelo triunfo, que os jogadores que chegarem ao Atlético, tenham a ânsia de defender a camisa do Atlético. Se não tivermos isso, nem Dudamel, nem ninguém estará tranquilo no Atlético. Por isso, os trabalhos de campo serão fundamentais para preparar a equipe. Mas o mais importante é que os jogadores sintam o desejo de ganhar pelo Atlético.”
Além de tomar bastante cuidado para não citar qualquer nome com potencial para ser um reforço do time mineiro, o profissional reforçou a questão de explorar o potencial das categorias de base do Galo.
“Vamos estar observando permanentemente o trabalho, a evolução dos mais jovens, vão ter muito espaço na primeira equipe, mas precisam ter méritos para isso. Hoje, os jogadores jovens ganham muito dinheiro, e a formação não é a correta. Nem tudo é dinheiro na vida. Os jogadores do Atlético tem que sair para a Europa com a formação correta para não ter que voltar pronto. Vamos tê-los muito perto para trabalhar com os mais experientes, mas os jogadores jovens precisam trabalhar o triplo dos consagrados. Eles precisam sonhar todos os dias em alcançar o profissional.“
Conhecedor principalmente da capacidade do meia e conterrâneo Otero, Dudamel assumiu que, logo em sua chegada, perguntou sobre a situação do mesmo e também tratou dos casos de outros estrangeiros do plantel como o meia equatoriano Cazares e o atacante argentino Di Santo:
“Estou feliz em ter o Otero na equipe. Quando o Rui me perguntou de Otero, falei: o que há com Otero? Quer que fique? Claro, ele é muito importante. Ele já esta consolidado no Atlético, mas vou exigir muito dele porque sei da sua capacidade. Mas vai ser cobrado assim como Cazares, Di Santo. Se ele veio de fora é porque aqui não tinha nenhum igual a ele.”
