O sonho da seleção chilena voltar a uma Copa do Mundo ficou mais difícil após os jogos de março pelas Eliminatórias. Além disso, a situação envolvendo a continuidade do técnico Ricardo Gareca no Chile parece ser mais uma questão financeira do que técnica. Ao menos, de acordo com informação veiculada pelo diário andino El Deportivo.
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Sem abordar valores específicos, o veículo de imprensa assegura que a Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) não tem dinheiro para pagar a multa em caso de demitir o atual comandante.
Não por acaso, logo depois do empate contra o Equador, o presidente da ANFP, Pablo Milad, falou de maneira aberta sobre o tema. Não apenas como explicação, mas também “compartilhando” a responsabilidade com aqueles que pediram a chegada no Chile de Gareca.
“A indenização seria muito alta se os demitíssemos hoje (comissão técnica). Temos que analisar com a diretoria. Essas são decisões que são tomadas em conjunto. A mesma coisa que fizemos para trazer um técnico que vocês também queriam. Teremos de conversar sobre isso com profundidade e frieza. Ainda nos vestiários, é complicado”, detalhou.
Outro ponto que complica a equação, nesse sentido, é o raciocínio que o ex-jogador exerceu durante parte predominante de sua carreira como treinador. Dos 14 times que comandou ao longo dos últimos 30 anos, somente no Vélez Sarsfield, em 2023, ele entregou o cargo ao invés de passar por uma demissão. Ou seja, deixar um projeto em curso passa longe de ser o hábito do Tigre.
Cenário complexo
Fato é que, no aspecto técnico e de resultados, a insatisfação da alta cúpula na federação chilena é notória. Com os resultados do mês, o selecionado bicampeão da Copa América segue na lanterna das Eliminatórias, com dez pontos. Como a Colômbia (sexta colocada) tem 20 unidades, restando quatro rodadas pro fim, os andinos só podem buscar espaço na repescagem. Por ora, a desvantagem para a sétima colocada, Venezuela, é de cinco pontos.