*Por Agência Conversion
No último dia 14 de outubro, o São Paulo expôs indevidamente em seu site oficial diversos contratos de patrocínio e documentos sigilosos. Os arquivos foram divulgados na aba de transparência, em questões relacionadas ao Conselho Deliberativo, com links que davam acesso aos documentos na íntegra. Ainda não se sabe se essa divulgação foi acidental ou intencional, mas, independentemente da causa, várias cláusulas de confidencialidade foram quebradas.
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Vieram a público diversos acordos de patrocínios e liberações de empréstimos bancários, com um destaque maior para o contrato de parceria com a empresa de apostas Sportsbet.io, em um acordo de R$ 87 milhões fixos até 2024. Alguns documentos vazados não envolvem somente o São Paulo, mas também clubes de toda a Série A e B, mais especificamente se tratando de direitos de transmissão e apostas. Sendo assim, o vazamento também expôs outras 39 associações, além da CBF.
Dentre os documentos vazados, também se destacam autorizações de empréstimo, que acumulam R$ 21 milhões com o Banco Tricury, R$ 5 milhões com o Banco Rendimento e R$ 50 milhões com o Bradesco. Além de todos os problemas envolvendo quebras de sigilo, também veio a público que os anúncios feitos pelo presidente do São Paulo, Julio Casares, sobre a maior parceria da história do clube com o Sportbest.io, eram falsos. O patrocínio de fato aconteceu, mas o vazamento dos valores entregou que não se trata de algo tão grandioso quanto foi prometido.
O São Paulo, que já se encontra em uma grande crise financeira, poderá enfrentar consequências graves pela quebra de sigilo. Todo contrato de confidencialidade garante uma multa compensatória como liquidação antecipada de perdas. Então, o clube precisaria arcar com a multa de cada um dos contratos vazados que continham esses termos em suas cláusulas.
Alguns dos documentos vazados são de patrocínios e acordos com empresas estrangeiras, como é o caso da própria Sportsbet.io, que opera em diversos países da Europa. Nesse caso, a quebra de sigilo também entraria nas leis estrangeiras de cada país em questão. Dependendo do tipo de cada contrato, isso não interferiria no pagamento das remessas, então o clube ainda poderia sair menos prejudicado nessa situação.
O presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Olten Ayres de Abreu Júnior, afirmou que o clube já está investigando os vazamentos e prometeu novidades para os torcedores no curto prazo.
