O goleiro com mais gols marcados na história do futebol, Rogério Ceni, tem sua história intimamente ligada a do São Paulo. Logo, é natural imaginar que ele seria o dono de uma marca tão importante como a de o autor do primeiro gol de goleiro feito no clube. Contudo, não é o caso.
Leia mais: Ex-zagueiro da Juventus não se vê capacitado para dirigir a equipe
Danubio relembra estreia de Edinson Cavani no futebol profissional
Terceiro goleiro no ano de 1995 dentro do elenco, Moscatto acabou atuando em uma partida válida por torneio amistoso na cidade de Uberlândia, interior do estado de Minas Gerais. O quadrangular, chamado de Rei Dadá em homenagem ao ex-jogador mineiro Dadá Maravilha, colocou frente a frente São Paulo, Uberlândia, Ferroviária e Atlético-MG.
Treinado por Muricy Ramalho (na época responsável pelo chamado “Expressinho” com Telê Santana dirigindo as principais peças), o arqueiro que havia chegado no início do ano ao clube vindo do XV de Piracicaba só bateu o pênalti no jogo contra o Uberlândia porque, no inusitado regulamento do torneio, os goleiros eram quem cobravam as penalidades.
“Estávamos perdendo e saiu o pênalti. Descobri na hora, nosso time não sabia do regulamento. Fui lá dando risada. Vou bater, fazer o quê? Por mais insignificante que possa parecer, você estar na história de um clube deste tamanho… Para mim não é insignificante, é uma alegria muito grande”, disse Moscatto em entrevista ao Globo Esporte.
Apesar da marca, ele acabou não “vingando” no mundo do futebol. Depois de retornar em 1996 para o XV e, depois de se desligar do Nhô Quim, retornou a sua cidade natal (Jaú) onde vive até hoje sendo sócio de uma loja de móveis.