As palavras recentes do presidente do Tolima, Gabriel Camargo, no que se refere a obrigatoriedade imposta pela Conmebol dos times que participarem das competições da entidade terem uma equipe feminina foram encaradas de maneira bastante negativa dentro não apenas do ambiente esportivo como também social.
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Não à toa o governo do país, por meio de declarações da vice-presidente Marta Lucía Ramírez e da líder do Conselho Presidencial para a Igualdade da Mulher, Ana María Tibirín, declararam recentemente que farão uma investigação detalhada do mandatário do clube.
“O senhor Camargo demonstrou uma atitude tão primaria que deveria estar causando uma profunda vergonha a todos os homens. O fato de uma mulher seja parte de uma equipe não a torna lésbica. Que tal uma pessoa pensando que, quando os homens estão juntos, são homossexuais?”, disse Marta Lucía.
“Rechaçamos categoricamente esse tipo de declaração que atenta contra a integridade e a dignidade não só da imagem das mulheres esportistas, mas também de todas as mulheres colombianas e esperamos que se atue com a maior celeridade possível nas investigações que, desde a Fiscalização Geral, investiguem a respeito. Desde já, colocamos a disposição toda a nossa capacidade técnica do Conselho para o que for necessário”, afirma o comunicado da entidade presidida por Ana María.
Gabriel Camargo demonstrou forte tom de preconceito em uma declaração na última semana dada a imprensa colombiana classificando a modalidade feminina como “terra do lesbianismo”:
“O futebol feminino é um tremendo terreno fértil para o lesbianismo. Isso (obrigatoriedade) é errado, não rende nada economicamente, e as mulheres só trazem problemas, são mais beberronas que os homens. Perguntem ao pessoal do (Atlético) Huila como estão arrependidos de terem conquistado o título (da Libertadores feminina) e por terem investido tanto na equipe.”