Caso que havia se tornado de conhecimento público em novembro de 2019, a investigação referente ao envolvimento em manipulação de resultados por parte do presidente do Olimpia, Marco Trovato, teve decisão divulgada nessa segunda-feira (28) pela Comissão Disciplinar da FIFA.
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Além de julgar o mandatário do clube paraguaio culpado das acusações, a entidade máxima do futebol no mundo julgou que Trovato “falhou em cumprir com seu dever de colaborar com o processo disciplinar em violação ao Código Disciplinar da FIFA.”
Por isso, a pena aplicada foi de banir permanentemente Marco Trovato de toda e qualquer atividade relacionada ao futebol além de uma multa de 100 mil francos suíços. Essa quantia, na cotação atual, equivale a quase R$ 600 mil.
Segundo discorre o comunicado oficial da decisão, o agora ex-dirigente terá 10 dias para recorrer ao Comitê de Apelação da FIFA onde, caso o prazo não seja cumprido, a decisão na íntegra será publicada pela entidade na seção do site reservada ao legal compliance.
Entenda o caso
Em novembro de 2019, o diário La Nación publicou documentos onde constavam o envolvimento de Marco Trovato com a empresa de apostas esportivas Aposta.La, algo que suscitou uma investigação mais profunda por parte da Comissão de Ética da Associação Paraguaia de Futebol (APF) para saber de um possível conflito de interesses no exercício das duas funções.
Já no início de 2020, mais precisamente em janeiro, uma denúncia formal foi apresentada contendo detalhes como, por exemplo, a abordagem a atletas por somas vultosas de dinheiro para o arranjo de resultados que favoreciam o Decano entre o meio de 2018 e o fim de 2019. Com direito, inclusive, a provas de mensagens e outros documentos apontando para o pagamento de Trovato como forma de compensação.
Se defendendo das acusações colocadas, o ex-presidente do Olimpia apontava para a existência de um complô de sabotagem contra ele, algo descrito em entrevista dada a Radio Monumental 1080 AM ainda no início do mês de setembro:
“Com a informação que temos dos personagens que estão envolvidos nesse tema e que armaram um complô contra nós, me parece que a bandeira da Suíça (país onde fica a Corte Arbitral do Esporte) vai terminar caindo no campo deles. É um complô que se armou onde há gente envolvida comprando provas falsas, eles apresentaram provas falsas e nós temos fotos e vídeos das pessoas comprando, envolvidas com outros clubes. Quando chegar o momento, teremos a sorte de demonstrar as pessoas o grande trabalho dessa Comissão Diretiva. A FIFA nos pede uma confidencialidade porque há uma investigação paralela muito importante.”