É de conhecimento público que o presidente da Argentina, Javier Milei, é partidário da instituição do regime de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) nos clubes do país.
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Não à toa, em entrevista dada para a rádio local Mitre, ele reforçou a ideia de existirem empresários que olham o futebol argentino com interesse. Mais especificamente, o norte-americano Todd Boehly, atualmente proprietário do Chelsea.
Milei reforçou sua ideia usando, aliás, a paixão clubística pelo Boca Juniors e a natural rivalidade existente com o outro clube de torcida maciça do país, o River Plate:
“Sou torcedor do Boca e, se os grupos de investimento vierem, colocarem uma fortuna no Boca e isso fizer com que o Boca ganhe o tempo todo e o River não conseguir ganhar um único jogo, a pergunta é: onde eu assino?”
“O interessante da SAF) no futebol é que o investimento chega muito rapidamente. Porque é um negócio muito fácil. Não é preciso construir uma máquina enorme porque construir uma fábrica pode levar, sei lá, dois anos. Há a disposição de investir expressa pelo Chelsea, no caso, de querer comprar o Boca, o Racing, o Newell’s, o Lanús e o Estudiantes”, agregou.
Vale ressaltar que, apesar da predileção do presidente, a mobilização é contrária a opinião de diversas agremiações. Sendo que, inclusive, a modificação no modelo de gestão é contrária ao que prevê o atual estatuto da Associação do Futebol Argentino (AFA).
No Artigo 10, segundo parágrafo, está expressamente dito que as entidades filiadas ‘devem ter o status de associações civis sem fins lucrativos’. Em caso de violação dessa condição, a punição seria a exclusão do quadro de afiliados da AFA.