Um dos clubes mais tradicionais do futebol argentino, o San Lorenzo vive momento administrativo caótico. No meio de divergências políticas, um levante no meio do último mês de setembro, em assembleia extraordinaria, promoveu a renúncia de 13 dos 20 integrantes da Comissão Diretiva. Algo que, na prática, deixou o clube em estado conhecido como acefalia e forçava uma mudança completa na gestão por meio de novas eleições.
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Contudo, o até pouco tempo ex-presidente, Marcelo Moretti, obteve decisão favorável na justiça, nesta segunda-feira (6), pelo direito de retomar o posto executivo máximo. Na argumentação aceita pela Câmara Nacional de Apelações no Civil, o argumento foi de que a condução do processo para a declaração da acefalia não seguiu o que está previsto no estatuto do clube.
Assim, até segunda ordem, os próximos passos determinados pela justiça é de que existe a necessidade de uma nova assembleia sob a presidência e também convocação por parte de Moretti.
Apesar da vitória que obteve nos tribunais, o ambiente para Moretti seguir no posto é extremamente desfavorável. Além da questão financeira delicada, um escândalo de corrupção envolvendo o pagamento de propina para aceitar um garoto na categoria de base “minou” o capital político do dirigente. Não por acaso, com a alegação de problema de saúde, Marcelo Moretti chegou a se licenciar da presidência pouco tempo depois da denúncia.
Por meio das redes sociais, um dos integrantes da oposição (César Francis, integrante do movimento Volver a San Lorenzo) manifestou sua reprovação com o cenário. Além disso, ele garantiu que, mesmo com a decisão judicial, a governabilidade de Moretti está comprometida diante do contexto.
“Moretti: nenhuma decisão judicial lhe dará legitimidade. Ele continua prolongando sua agonia como presidente do San Lorenzo, sem compreender o enorme prejuízo que causa ao clube ao não aceitar a realidade. Como presidente, ele carece de toda legitimidade e nenhuma decisão judicial lhe devolverá essa legitimidade“, diz um trecho da publicação.