Além da tensão social em si que provocou momentos de absoluta insegurança e impossibilidade de realizar qualquer tipo de evento no país, o futebol no Chile vai começando a calcular também o prejuízo financeiro que está sendo acumulado com a paralisação.
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Pensando somente na questão da arrecadação em relação a venda de ingressos, a pausa que dura mais de um mês tem o desfalque de 3,3 bilhões de pesos, algo na casa dos R$ 17,6 milhões.
Outro ponto que acaba aumentando os gastos agregados nesse fim de ano para os clubes chilenos é a natural necessidade de extensão do calendário inicialmente previsto. Isso porque muitos deles fixaram seus contratos para terminar até o dia 8 de dezembro e, com o alargamento até pelo menos o dia 21 do mesmo mês, terão de ser pagos mais 15 dias de ordenados.
No caso específico do Iquique, o dano acabou sendo ainda mais notório em função da perda de um patrocinador que, segundo informações veiculadas pelo jornal La Tercera, teria a previsão de contribuir com os caixas do clube 50 milhões de pesos, calculado em R$ 267, 2 mil.
Além disso, o clube também coloca nessa conta o investimento em amistosos para manter o ritmo de jogo (R$ 213,8 mil) além de 60 milhões de pesos (R$ 320,7 mil) esperados como arrecadação do embate diante do Colo-Colo que foi cancelado.
Prejuízos já calculados em números exatos do futebol no Chile:
Palestino
80 milhões de pesos (R$ 427,6 mil) por extensões contratuais.
Cobreloa
25 milhões de pesos (R$133,6 mil) por jogo cancelado e hospedagem com hotel em Santiago.
Barnechea
25 milhões de pesos (R$ 133,6 mil) por amistosos, aluguel de estádio para jogos e treinamentos, reservas de hotéis, viagens e alimentação.
San Marcos de Arica
38 milhões de pesos (R$ 203,1 mil) por reserva de passagens aéreas, extensão contratual e aluguel do complexo para treinos.