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Perfil FL: Gabriel Batistuta pela seleção argentina

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Foto: Getty Images

*Por Edmilson Junior – Colaborador do Futebol Latino

Após iniciar boa fase no Boca Juniors em 1991, recebeu suas primeiras convocações para defender a albiceleste. Naquele ano, disputou a Copa América, sagrando-se artilheiro da competição, com seis gols, um deles sobre o Brasil, no quadrangular final que decidiu o torneio.

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Dois anos depois, na Copa América de 1993, foi novamente campeão. Embora tenha marcado apenas três vezes, dois desses gols foram decisivos: Foram os dois na vitória por 2 x 1 sobre o México, na final, dando o 14º título continental à Argentina – que ficava isolada como a maior vencedora.

A seleção argentina quase ficou de fora da Copa do Mundo de 1994. Na última rodada das Eliminatórias, foi goleada por 5 a 0 pela Colômbia em Buenos Aires. Os colombianos ficaram com a única vaga direta do grupo de quatro países; a Argentina só foi à repescagem porque o Paraguai não saiu de um empate com o Peru, que até então não havia pontuado.

Na repescagem, contando com a presença de Diego Maradona, os argentinos empataram com a Austrália em Sydney e garantiram lugar nos Estados Unidos após vencerem em casa por 1 a 0, com Batistuta marcando o gol.

Na Copa, Batistuta estreou com três gols na goleada por 4 a 0 sobre a Grécia. A Argentina, que nos dois mundiais anteriores tinham Maradona como craque solitário, encantavam com Batistuta, Maradona, Fernando Redondo, Claudio Caniggia e Ramón Medina Bello, vencendo de virada a Nigéria na segunda rodada.

A mesma partida, porém, seria seguida pelo escândalo do doping de Maradona, expulso do torneio. Abalados, os argentinos perderam a última partida para a Bulgária e terminaram em terceiro no grupo, conseguindo a classificação justamente por serem um dos melhores terceiros colocados – sistema que vigorou apenas até aquela edição.

Foi eliminada para a Romênia. Batistuta marcou seu quarto gol na competição empatando a partida em 1 a 1, porém, Ilie Dumitrescu – que já havia feito o primeiro – colocaria os europeus à frente dois minutos depois. O resultado final seria 3 a 2 para os romenos, que souberam se aproveitar do trauma ainda forte da exclusão de Maradona.

O ano seguinte também foi de decepções com a Seleção: na Copa América, eliminação nas semifinais frente ao Brasil e título para o Uruguai, que empatava em 14 a 14 em títulos com a Argentina no torneio; na futura Copa das Confederações, derrota para a Dinamarca.

O técnico da Argentina era Daniel Passarella, com quem o atacante já não se entendia desde o tempo de River. Apesar da série regular de gols na Fiorentina, Batistuta chegaria a passar quase um ano afastado da Seleção por Passarella, que considerava o cabelo longo do atacante “inadequado”, mesmo motivo para o qual o treinador deixou de chamar a Redondo e Caniggia.

Para ir à Copa do Mundo de 1998, Batistuta concordou em aparar seus fios e lançou até um perfume: Essenza di Campione. Na França, marcou quatro gols na primeira fase, um contra o Japão e três na Jamaica.

Seu quinto gol na Copa veio nas oitavas de final, contra a Inglaterra, homenageando o filho recém-nascido na comemoração, embalando-o na imaginação tal como Bebeto fizera em 1994. Após uma classificação suada nos pênaltis, a seleção foi eliminada nas quartas de final para a Holanda por 2 a 1.

Já veterano e vindo de uma temporada não tão boa na Roma, mas com prestígio intacto na Seleção, foi ao seu terceiro mundial em 2002. Começou bem na Copa da Coréia e Japão, marcando o solitário gol da vitória sobre a Nigéria, na primeira rodada. Os argentinos, que chegaram a Ásia como um dos grandes favoritos, porém, seriam prematuramente eliminados na primeira fase, após derrota para a Inglaterra e empate contra a Suécia – que ficaram com as vagas do grupo.

Batistuta chegou a perder pênalti contra os suecos, com o gol argentino saindo justamente no rebote. Seria seu último jogo pela Argentina, da qual é o maior artilheiro em Copas (dez tentos) e no total de gols (56).

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