Opinião FL: A conturbada eliminação do São Paulo na Libertadores

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Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

*Por José Dias Sorriso – Colaborador do Futebol Latino

Pois bem, meus amigos. No Morumbi: 2 a 0 Atlético Nacional. Na Colômbia, de virada: 2 a 1 Atlético Nacional. O time verdolaga avança para a grande final da Copa Libertadores da América. Irá enfrentar Independiente del Valle ou Boca Juniors, que estarão em campo nesta quinta-feira pela outra semifinal. O jogo de ida no estádio Olímpico Atahualpa terminou com vitória equatoriana pelo placar de 2 a 1.

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Nesta quarta-feira, o jogo entre Atlético Nacional e São Paulo, no Atanasio Girardot, em Medellín, contou com um público de cerca de 40 mil torcedores. A partida teve de tudo: Pênalti não marcado, expulsão, reclamação e por aí vai.

Logo aos nove minutos do primeiro tempo saiu o gol de Calleri, em favor do time brasileiro. O São Paulo estava mais vivo do que tudo na competição. O time comandado pelo técnico Edgardo Bauza ainda respirava pela anotação do gol inaugural, até que, aos 15 minutos veio a ducha de água fria: Gol dos colombianos.

Fazendo jus do porque de sua contratação, o atacante Borja – chegou depois de ter sido artilheiro do último colombiano pelo Cortuluá – mandou a bola pra rede do goleiro Denis. Jogo empatado.

Antes do intervalo, houve o primeiro lance que gerou muita indignação nos jogadores e comissão técnica do clube brasileiro. Houve uma penalidade clara em favor do Tricolor, quando Hudson foi derrubado na área, mas, não foi assinalada pelo árbitro chileno Patrício Polic. Assim terminou a etapa inicial.

O segundo tempo começou a todo vapor e o Atlético Nacional, que não esteve tão bem no primeiro tempo, melhorou. A equipe colombiana explorava a ala esquerda do São Paulo, tanto é que, foi por lá que surgiu o segundo gol verdolaga, depois que Carlinhos – substituiu Mena – teve a bola tocando em sua mão – e acertadamente a penalidade foi marcada. Borja, mais uma vez, mandou pra rede: 2 a 1.

Teve muita lambança da arbitragem, porém, não se pode culpar apenas o apitador. O São Paulo foi eliminado pelo melhor time da Libertadores. Vale ressaltar, a atuação do goleiro Denis, livrando o time em diversas oportunidades.

Houve a entrega de vários jogadores e na minha opinião o São Paulo chegou em seu limite na competição. Como assim, limite? O Atlético Nacional foi o limite para a equipe de Edgardo Bauza. Um time que começou desacreditado, acabou por ir longe na competição.

Os colombianos podem até não levar a Libertadores, mas que é um time certinho, isso é. O clube que tem o melhor futebol do continente sul-americano. Isso é inegável. O atacante Borja é um goleador nato. Me chama a atenção nele a eficiência com/sem a bola no pé. Um jogador que se movimenta rápido e quando a bola chega ele não perdoa.

O São Paulo teve Diego Lugano e Wesley expulsos – reclamaram demais da arbitragem. Quando falo, que não pode culpar única e exclusivamente o árbitro, cito como exemplo o sistema defensivo do time do Morumbi. Borja fez o primeiro gol aproveitando a brecha da defesa. Será que a culpa é somente do apitador? O time quase não criou no segundo tempo: Culpa do árbitro? Jogadores não tinham eficiência no passe, e aí, culpa do árbitro? Pois então, a eliminação do São Paulo vai muito além da arbitragem.

FICHA DO JOGO

ATLÉTICO NACIONAL 2 X 1 SÃO PAULO

Estádio: Atanasio Girardot

Cidade: Medellín (Colômbia)

Data: 13 de julho de 2016 – Quarta-feira

Horário: 21h45

Árbitro: Patricio Polic (Chile)

Assistentes: Marcelo Barraza (Chile) e Christian Schiemann (Chile)

Cartões amarelos: Mejía e Bocanegra (Atlético Nacional); Hudson, Centurión e Thiago Mendes.

Cartões vermelhos: Diego Lugano e Wesley (São Paulo).

Gols: Calleri (São Paulo); Miguel Borja (2) (Atlético Nacional).

ATLÉTICO NACIONAL: Armani, Bocanegra (Aguilar), Sanchez, Henriquez (Diego Arias) e Díaz; Mejía e Pérez (Guerra); Berrío, Macnelly Torres e Marlos Moreno; Borja.

Técnico: Reinaldo Rueda.

SÃO PAULO: Denis; Bruno, Lugano, Rodrigo Caio e Mena (Carlinhos); Hudson (Alan Kardec), Thiago Mendes, Wesley, Centurión (Luiz Araújo) e Michel Bastos; Calleri.

Técnico: Edgardo Bauza.

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