Na terceira rodada da fase de grupos na Olimpíada de Tóquio, o Brasil assegurou classificação na primeira posição da chave ao bater por 3 a 1 a Arábia Saudita na cidade de Saitama. Resultado esse que, aliado ao empate de 1 a 1 entre Costa do Marfim e Alemanha, colocou os brasileiros e os marfinenses como qualificados a próxima fase do torneio.
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Primeiro tempo
Diante de um adversário com formação mais volumosa no plano defensivo tendo cinco homens atrás, a grande missão da equipe de André Jardine era ter volume de jogo e velocidade na transição o suficiente para “desmontar” a linha saudita, algo que se mostrou uma missão complicada nos primeiros minutos. Entretanto, isso não significava que o time saudita abdicasse totalmente do ataque, subindo com seus meio-campistas na hora de dar mais alternativas quando acionava os lados de campo com lançamentos para tentar surpreender a zaga brasileira.
Se pelo chão estava difícil, a primeira chance mais aguda encontrada e aproveitada pela Seleção Brasileira veio em escanteio batido do lado esquerdo por Claudinho aos 13 mintuos. O jogador do Bragantino levantou na área e Matheus Cunha subiu bem, livre de marcação, testando firme para o gol onde o arqueiro Al Bukhari até tocou na bola, mas não evitou a abertura do placar.
Curiosamente, na estatística da posse de bola, a Arábia Saudita ficava por mais tempo com a bola nos pés, mas era o Brasil que conseguia traduzir melhor seus momentos de transição onde Antony teve uma chance clara de aumentar sua vantagem ao receber cruzamento dentro da área e bater, de perna esquerda, bola que carimbou o travessão de Al Bukhari. E se a Seleção fez o seu primeiro gol na bola parada, os árabes usaram da mesma arma para deixar tudo igual na cidade de Saitama. Aos 28, depois de falta batida do lado direito por Al Faraj, o zagueiro Al Amri ganhou pelo alto e tocou no canto oposto de Santos que não alcançou.
Na reta final da primeira etapa, foi o Brasil quem teve as oportunidades mais notórias tanto no chute de alto perigo dado de média distância por Guilherme Arana ou ainda no ótimo lance formulado pela atitude de Matheus Cunha. O camisa 9 ganhou na disputa da zaga saudita, partiu em velocidade e cruzou rasteiro para Antony tocar na pequena área e Al Bukhari fazer uma defesa incrível.
Segundo tempo
A entrada de Malcom na vaga de Antony trouxe uma jogada diferente com o atacante trazendo bastante para a jogada no miolo da grande área, abrindo espaço para que Daniel Alves aparecesse mais com as suas características ofensivas conhecidas que ficaram um pouco “escondidas” na etapa inicial.
Diferente do que ocorreu nos primeiros 45 minutos, a Arábia Saudita não encontrava espaços baseados no contra-ataque e se via mais “acuada”, defendendo-se como podia e vendo a Seleção assustar bastante quando, no rebote do chute de Richarlison, Matheus Cunha acertou a trave esquerda.
Na base da insistência, o Brasil encontrou o perseguido tento, de novo, vendo a origem do lance vir na base da bola parada. A falta cobrada por Daniel Alves e que voltou para dentro da grande área saudita caiu para Bruno Guimarães que, de cabeça, mandou na direção de Richarlison. Também de cabeça, o avante do Everton tirou de Al Bukhari e recolocou os comandados de André Jardine na dianteira.
Na reta final da partida, a Seleção Brasileira teve oportunidades anteriores para até aumentar o marcador no chute de Reinier e balançou as redes na jogada pela direita onde Richarlison, se infiltrando na grande área, tocou de perna esquerda para tento que foi anulado por impedimento. Todavia, foi aos 47 que veio a jogada tramada com Malcom tocando dentro da área para Reinier que, quase na linha de fundo, serviu Richarlison (em jogada dessa vez legal) e o camisa 10 só tocou para fazer o terceiro e fechar a contagem no Estádio Saitama.