O que pensam os jovens que não viram o Brasil ser penta?

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Foto: Odd Andersen/AFP

*Por Equipe Conversion

Em 30 de junho de 2002, o Brasil se tornava a primeira – e, até agora, única – seleção a ganhar uma Copa do Mundo cinco vezes. A vitória por 2 a 0 contra a Alemanha, em Yokohama, no Japão, marcou a história do futebol mundial e, em especial, a do nosso país.

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20 anos depois, uma seleção bastante renovada tenta sagrar a amarelinha hexacampeã. Os comandados de Tite irão ao Qatar no final do ano não apenas para vivenciar essa experiência única, mas para criar memórias em uma geração de torcedores que não sabem o que é ganhar uma Copa do Mundo.

O designer Leonardo Silva (24 anos), de São Paulo, conta que a única lembrança que tem daquela Copa são os brindes de mascotes que eram dados pela rede de fast-food que patrocinava o torneio.

“Já vi vídeos dos melhores momentos da final e fui impactado diversas vezes nas redes sociais com lances clássicos, como o gol de bico do Ronaldo e o Denilson sendo perseguido por quatro jogadores turcos”, relata.

A estudante Clara Correia (16 anos), do Rio de Janeiro, que ainda não era nascida no ano do penta, sempre assiste a vídeos dos jogos e pede para o pai contar histórias daquele período.

“A sensação de ganhar uma Copa provavelmente é inexplicável. Mesmo que eu fique o dia inteiro aqui, seria impossível descrever esse sentimento, pois só quem vive entende. Acho que exatamente por esse motivo quero tanto ver o Brasil mais uma vez campeão”, afirma.

Uma geração machucada

Mesmo sendo considerado o país do futebol, o Brasil vive há alguns anos um afastamento da população com a sua Seleção. Esse fenômeno é explicado por vários fatores que vão desde os problemas políticos relacionados à CBF até o próprio desempenho dos jogadores desde o penta.

“A primeira Copa que vi foi a de 2014. Até hoje, não aceito aquele 7 a 1. Eu olhava fixamente para a televisão sem acreditar no que estava acontecendo, já que meu pai sempre me falou com muito orgulho da nossa seleção”, lamenta Clara.

O estudante João Pereira (18 anos), de São Paulo, tem visto várias entrevistas dos jogadores do penta. Ele acredita que faltou algo nas últimas Copas para o Brasil levantar a taça.

“Pelo que eles falam, em 2002, o diferencial foi a união da seleção. Acho que isso pesou muito para sermos campeões”, opina.

Já a estudante Bárbara Draghetti (19 anos), de Porto Alegre (RS), aponta a acomodação dos jogadores como principal fator das últimas eliminações.

“Lembro de ter acompanhado de perto as Olimpíadas de 2016. Aquela seleção olímpica se forçou a ganhar para poder receber os méritos que os ‘mais velhos’ não ganham faz 20 anos”, comenta.

Expectativa para o Qatar

Apesar dos deslizes nas últimas edições, todos os entrevistados estão confiantes para a Copa do Qatar.

“Acho que é o ano em que o Brasil vem mais preparado e entusiasmado, tem muita chance de ganhar o hexa. Igual a nós, não existe!”, celebra Bárbara.

“O sentimento de torcer para a seleção do meu país é animador. Acredito que sabemos fazer festa como ninguém, que amamos e torcemos de um jeito diferente. Eu seria muito triste se não fizesse parte disso”, acrescenta Clara.

O Brasil estreia na Copa do Mundo em 24 de novembro, às 16 horas (horário de Brasília). Os prováveis convocados já estão se preparando, contando com a ajuda de profissionais formados na faculdade de fisioterapia, para chegar inteiros ao Qatar e, quem sabe, fazer a alegria dessa nova geração.

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